Alhos por bugalhos
Gosto de escrever aqui. Quem escreve, escreve para alguém. Nunca acreditei nisso de escrever para a gaveta, para nós, para o nosso umbigo. Todavia, quando escrevo, gosto que leiam o que escrevi e não o que acham que eu deveria ter escrito.
Isto por muito que essa exigência me possa honrar. Que alguém entenda que eu devia escrever sobre o cozinheiro com HIV porque espera que sobre isso eu diga algo de útil ou de interessante, pode satisfazer-me o ego mas pode também indiciar uma violência a que não estou disposto.
Mas, apesar de tudo, uma explicação: Não consegui, e com grande pena minha, apanhar todos os dados que me parecem necessários para me pronunciar. Mormente, os relatórios médicos que o tribunal analisou e que terão convencido os senhores juízes. E isso, havemos de convir, era fundamental. Se um perito médico acreditado junto de um tribunal vem dizer que a sida se transmite pela saliva, ou pelo suor, ao contrario do que rotundamente afirma, por exemplo, o João Vasconcelos Costa, reputado especialista, e para cujo blog remeto os interessados, dever-se-ia verificar os fundamentos em que se apoia. Também conviria conhecer a sentença e não os poucos parágrafos que se publicaram. Sem isso, nada feito. Podemos estar a falar de alhos quando os outros falavam de bugalhos.
Mas há mais. O meu comentador, dr Assur, quer, com pouca subtileza, ou isso me parece, que eu critique o que ele chama a “Orquestra Vermelha”. Ainda não consegui entender se esta nova orquestra é a dos defensores do cozinheiro ou apenas a dos que se acalmaram com a decisão. Em ambos os casos parece excessivo o apodo. A “orquestra vermelha” de Trepper foi uma organização de gente de exemplar coragem que operou no interior das linhas alemãs durante a guerra. Posteriormente os que não morreram às mãos dos alemães, foram quase todos liquidados pelo aparelho stalinista. Seja como for, trata-se de um grupo de pessoas cuja coragem e cujo sacrifício não têm comparação com os que defendem as duas posições sobre o caso do cozinheiro. Aqui ninguém arrisca nada sequer o nome se é que não usa pseudónimo.
Em terceiro lugar parece-me estultícia a mais vir forçar a mão do escrevente quando com toda a facilidade (e já aqui se disse há muito pouco tempo, aliás) que basta um mail para o blog para eventualmente se acolher um texto que, como também já disse, pode caber na minha secção “voz alheia”.
O que não tem pés nem cabeça é fingir que se comenta um texto dizendo qualquer coisa de completamente alheio a ele. E dizê-lo sob anonimato!!! Que eu de Assur só a velha civilização mesopotâmica. Estamos entendidos?
para compreensão do que aqui se escreveu cfr os comentários ao texto "o gato que pesca" 2
Isto por muito que essa exigência me possa honrar. Que alguém entenda que eu devia escrever sobre o cozinheiro com HIV porque espera que sobre isso eu diga algo de útil ou de interessante, pode satisfazer-me o ego mas pode também indiciar uma violência a que não estou disposto.
Mas, apesar de tudo, uma explicação: Não consegui, e com grande pena minha, apanhar todos os dados que me parecem necessários para me pronunciar. Mormente, os relatórios médicos que o tribunal analisou e que terão convencido os senhores juízes. E isso, havemos de convir, era fundamental. Se um perito médico acreditado junto de um tribunal vem dizer que a sida se transmite pela saliva, ou pelo suor, ao contrario do que rotundamente afirma, por exemplo, o João Vasconcelos Costa, reputado especialista, e para cujo blog remeto os interessados, dever-se-ia verificar os fundamentos em que se apoia. Também conviria conhecer a sentença e não os poucos parágrafos que se publicaram. Sem isso, nada feito. Podemos estar a falar de alhos quando os outros falavam de bugalhos.
Mas há mais. O meu comentador, dr Assur, quer, com pouca subtileza, ou isso me parece, que eu critique o que ele chama a “Orquestra Vermelha”. Ainda não consegui entender se esta nova orquestra é a dos defensores do cozinheiro ou apenas a dos que se acalmaram com a decisão. Em ambos os casos parece excessivo o apodo. A “orquestra vermelha” de Trepper foi uma organização de gente de exemplar coragem que operou no interior das linhas alemãs durante a guerra. Posteriormente os que não morreram às mãos dos alemães, foram quase todos liquidados pelo aparelho stalinista. Seja como for, trata-se de um grupo de pessoas cuja coragem e cujo sacrifício não têm comparação com os que defendem as duas posições sobre o caso do cozinheiro. Aqui ninguém arrisca nada sequer o nome se é que não usa pseudónimo.
Em terceiro lugar parece-me estultícia a mais vir forçar a mão do escrevente quando com toda a facilidade (e já aqui se disse há muito pouco tempo, aliás) que basta um mail para o blog para eventualmente se acolher um texto que, como também já disse, pode caber na minha secção “voz alheia”.
O que não tem pés nem cabeça é fingir que se comenta um texto dizendo qualquer coisa de completamente alheio a ele. E dizê-lo sob anonimato!!! Que eu de Assur só a velha civilização mesopotâmica. Estamos entendidos?
para compreensão do que aqui se escreveu cfr os comentários ao texto "o gato que pesca" 2
2 comentários:
Estimado M.C.R.
Explicá-mo-nos mal. Sendo o Acórdão dos juízes baseado em factos provados e já estando desmentido pelo Conselho Superior da Magistratura, estranhamos que os juízes continuem a ser acusados, por exemplo, de estarem "entrincheirados na sua ignorância e preconceito" e se manterem em silêncio.
Não desejamos que critique a "Orquestra Vermelha", sentido figurativo para o universo nacional do politicamente correcto, mas sim tentar perceber esse "masoquismo" silencioso. Claro que a verdadeira “orquestra vermelha” merece a nossa melhor consideração bem como todos os anti-nazistas como Richard Sorge, Rosa Luxemburgo, Erwin Rommel e Claus von Stauffenberg.
Agradecemos a gentileza mas temos o nosso blog aonde, à semelhança da prima Albertina do outro nosso "amigo" coentador, escrevemos as nossas opiniões.
Evidentemente que não queremos "forçar a mão do escrevente" a fazer o quer que seja. Foi somente um mero desabafo que, desde já, lamentamos e pedimos desculpas pelos eventuais aborrecimentos que tenha causado. Até porque o post aonde foi colocado o nosso comentário foi escolhido pelo título e não pelo escriba que o concebeu.
Com os melhores cumprimentos.
Já agora, para os devidos efeitos:
Assurancetourix (Assur) est le barde du village d'Astérix et Obélix dans la bande dessinée Astérix le Gaulois de René Goscinny et Albert Uderzo
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