A visita de Cavaco Silva à Madeira foi um permanente jogo de faz-de-conta. Sem coragem. Com submissão aos tiranetes locais. O programa terá sido antecipadamente delineado pelos gabinetes, mas era escusado tanto cuidado em fazer passar a ideia de que tudo corria na paz do Senhor, descontando uns raspanetes efectuados em segredo, que ninguém sabe se, de facto, existiram.
Os acentuados elogios de Cavaco à obra feita eram desnecessários. Ao fim de 30 anos, não era de esperar que houvesse (muita) obra feita? Claro que sim. Não vou lá há muitos anos, mas dizem-me que a ilha está irreconhecível face à realidade que conheci nos inícios de 90. E por cá, não assistimos também a enormes transformações em muitos municípios e cidades? E nos Açores? Haja dinheiro!
O Presidente da República não deveria ter transigido e exigia-se-lhe que afirmasse bem alto que, na Madeira, têm de vigorar os mesmos princípios e valores democráticos do resto do país. Sem concessões. Um Presidente não existe apenas para ser simpático e acenar às criancinhas. Pede-se-lhe que exerça a sua função em defesa das instituições democráticas e de uma cultura de convivência sã e leal entre todos os agentes políticos. Perdeu-se uma oportunidade excelente e, mais uma vez, Jardim ficou a rir-se no fim.
Os acentuados elogios de Cavaco à obra feita eram desnecessários. Ao fim de 30 anos, não era de esperar que houvesse (muita) obra feita? Claro que sim. Não vou lá há muitos anos, mas dizem-me que a ilha está irreconhecível face à realidade que conheci nos inícios de 90. E por cá, não assistimos também a enormes transformações em muitos municípios e cidades? E nos Açores? Haja dinheiro!
O Presidente da República não deveria ter transigido e exigia-se-lhe que afirmasse bem alto que, na Madeira, têm de vigorar os mesmos princípios e valores democráticos do resto do país. Sem concessões. Um Presidente não existe apenas para ser simpático e acenar às criancinhas. Pede-se-lhe que exerça a sua função em defesa das instituições democráticas e de uma cultura de convivência sã e leal entre todos os agentes políticos. Perdeu-se uma oportunidade excelente e, mais uma vez, Jardim ficou a rir-se no fim.
2 comentários:
absolutamente de acordo.
todavia: Jardim só existe porque todos, sem excepção, o aturaram. E receio bem que nem Sócrates consiga escapar a uma viagem lá. E nesse caso a sua tarefa não me parece fácil. Se for, e disser duas a sério ao bokassa ilhéu, obterá o meu voto. Temo, no entanto, que tal milagre não ocorra.
Procura-se partido inexistente no arco-iris político nacional para evitar um voto em branco!
Caro JCP,
Alberto João Jardim representa a Madeira e os madeirenses.
Não gosto dele nem do seu estilo. Mas ele ganha eleições porque algum mérito tem.
E não é porque há dinheiro. No Porto, sempre hopuve dinheiro e nunca se fez nada de jeito.
Acresce que na Madeira não há oposição! Porque não posso considerra oposição umas meras loas atiradas ao ar, com suspeitas ocas e indefeinidas e sem qualquer ideia ou projecto a propor. Esse é que é o grave problema da Madeira: o deserto de ideias que vai provocar a depresão social após a saída do Dr. Alberto João Jardim (que aliás é jurista)
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