Vi há pouco na RTP um programa interessante chamado, salvo erro, 30 minutos. Foram apresentados três casos.
O primeiro tinha por protagonista uma jovem de 25 anos que, devido a uma doença rara, vive num corpo de uma criança de 8 anos com limitações físicas muitíssimo complicadas que a obriga, por exemplo, a depender de uma cadeira de rodas e da ajuda de terceiros para se deslocar. Pois esta jovem, para além de tirar um curso superior, trabalha e, como se não bastasse, escreveu um livro, Como isto é façanha que persigo há anos, desfiz-me num enlevo de admiração por tal testemunho de coragem, trabalho e talento. Um exemplo para todos nós, que, basicamente, tendemos a gastar metade das nossas energias a apresentar as razões que explicam a nossa inércia.
O outro caso tinha a ver com uma outra jovem portuguesa que foi trabalhar para o McDonalds para pagar as lições de canto, já que o seu sonho era seguir uma carreira nessa área. Desistiu das aulas porque o dinheiro não era suficiente. Todavia, foi seleccionada para ser a representante portuguesa num concurso internacional para eleger a melhor voz entre os colaboradores dessa empresa. Na fase seguinte foi uma das três seleccionadas entre centenas de jovens. Foi à final e ganhou. Um conhecido produtor discográfico americano, que assistia ao espectáculo, convidou-a a ir a Los Angeles para gravar um disco. É caso para dizer: eu não acredito no destino mas que ele existe, existe.
O terceiro exemplo foi o do Rui Costa, ex-jogador do Benfica e agora Director Desportivo do mesmo clube. Tinha já visto há dias a ternura, o orgulho e a comoção do Rui Costa e dos seus dois filhos na despedida como jogador. Foi bonito de ver e ouvir.
Como portista que sou o que me ocorre face a este último caso é o seguinte comentário: o Porto Ganhou o Campeonato, o Sporting ganhou a Taça e o Benfica ganhou um Director Desportivo. Vidas…
20 maio 2008
Há coisas boas…
Marcadores: O meu olhar, sociedade
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário