A ignorância atrevida
Acabo de ver um episódio do CSI. Dá-me para as fitas policiais sobretudo quando estou irritado. E hoje estava mas explico depois. De todo o modo o CSI distrai e faz menos mossa do que as mesas redondas da televisão. E muito menos do que os programas de análise desportiva onde se vêm uns tipos muito enfatuados a “cagar sentenças”c sobre futebol. É demais: eles ainda por cima são regiamente pagos para irem dizer umas burrices supinas que disfarçam mal os apetites e lógicas clubistas. É uma gente que não discute. Diz umas coisas a abater mas se repararem depois do paleio de chacha o que fica é o clubezeco a que votaram uma fidelidade canina e sem limites.
Deixemos isso e vamos ao que interessa. Estas séries estrangeiras que são o pão nosso de cada dia são traduzidas com os pés. Com os pés? Com as patas! Anda para aí um bando de tradutores, uma máfia calabresa que não sabe português, não sabe outras línguas e que também tem uma cultura geral digna do actual programa do ensino secundário, a menina dos olhos da senhora ministra (desculpem mas de repente falha-me o nome da criatura).
Hoje um criminoso em série despachava criaturas nova-iorquinas com um versículo do Levítico gravado. Tomava-se por Caronte, o barqueiro. A querida televisão ou quem paga ao tradutor deve desconhecer que não existe em português nenhum Charon em língua portuguesa. A menos que o actual ministro da Cultura (impagável! Inenarrável!) tenha inventado um novo dicionário para suprir a falta dos que ele inocentemente desconhece. Charon en ingliche é Caronte em portuga. Até novas ordens!
Poderia desfiar um rosário de bojardas ouvidas as mais das vezes nos canais temáticos. Mas não vos quero maçar e maçado já estou eu.
Há dias falei aqui numa “venda de livros” que terão sido de um intelectual decente e digno que quis deixar a sua biblioteca a Famalicão. Uma ex-mulher dele deve ter pensado que isso era um desperdício. Vai daí organizou uma venda. Havia gente, ingénua, que pensava que a freguesia escassearia por saberem das vontades últimas do referido intelectual. Parece que não aconteceu a dita escassez. Um bando de urubus leitores (ou nem sequer isso) precipitou-se sobre os livros em saldo e foi um vê que te avias.
Que lhes faça bom proveito. Á barriga, claro, porque cabeças indiferentes não fazem cidadãos cultos.
2 notícias boas de hoje: no país basco caiu o comando "vizcaia" e o sérvio croata Karadzik foi apanhado. Ainda faltam alguns terroristas espanhóis e alguns criminosos de guerra croatas, sérvios ou bósnios. Mas a coisa vai...
Acabo de ver um episódio do CSI. Dá-me para as fitas policiais sobretudo quando estou irritado. E hoje estava mas explico depois. De todo o modo o CSI distrai e faz menos mossa do que as mesas redondas da televisão. E muito menos do que os programas de análise desportiva onde se vêm uns tipos muito enfatuados a “cagar sentenças”c sobre futebol. É demais: eles ainda por cima são regiamente pagos para irem dizer umas burrices supinas que disfarçam mal os apetites e lógicas clubistas. É uma gente que não discute. Diz umas coisas a abater mas se repararem depois do paleio de chacha o que fica é o clubezeco a que votaram uma fidelidade canina e sem limites.
Deixemos isso e vamos ao que interessa. Estas séries estrangeiras que são o pão nosso de cada dia são traduzidas com os pés. Com os pés? Com as patas! Anda para aí um bando de tradutores, uma máfia calabresa que não sabe português, não sabe outras línguas e que também tem uma cultura geral digna do actual programa do ensino secundário, a menina dos olhos da senhora ministra (desculpem mas de repente falha-me o nome da criatura).
Hoje um criminoso em série despachava criaturas nova-iorquinas com um versículo do Levítico gravado. Tomava-se por Caronte, o barqueiro. A querida televisão ou quem paga ao tradutor deve desconhecer que não existe em português nenhum Charon em língua portuguesa. A menos que o actual ministro da Cultura (impagável! Inenarrável!) tenha inventado um novo dicionário para suprir a falta dos que ele inocentemente desconhece. Charon en ingliche é Caronte em portuga. Até novas ordens!
Poderia desfiar um rosário de bojardas ouvidas as mais das vezes nos canais temáticos. Mas não vos quero maçar e maçado já estou eu.
Há dias falei aqui numa “venda de livros” que terão sido de um intelectual decente e digno que quis deixar a sua biblioteca a Famalicão. Uma ex-mulher dele deve ter pensado que isso era um desperdício. Vai daí organizou uma venda. Havia gente, ingénua, que pensava que a freguesia escassearia por saberem das vontades últimas do referido intelectual. Parece que não aconteceu a dita escassez. Um bando de urubus leitores (ou nem sequer isso) precipitou-se sobre os livros em saldo e foi um vê que te avias.
Que lhes faça bom proveito. Á barriga, claro, porque cabeças indiferentes não fazem cidadãos cultos.
2 notícias boas de hoje: no país basco caiu o comando "vizcaia" e o sérvio croata Karadzik foi apanhado. Ainda faltam alguns terroristas espanhóis e alguns criminosos de guerra croatas, sérvios ou bósnios. Mas a coisa vai...
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