05 setembro 2008

ANGOLA Eleições

Ex-dirigente da Unita, Fátima Roque, diz que vai votar no MPLA

A economista fez essa declaração à reportagem da Televisão Pública de Angola (TPA), à margem do comício de encerramento da campanha eleitoral do MPLA, realizado quarta-feira, 3, em Luanda.

A economista Fátima Roque, uma das mais importantes dirigentes da UNITA até muito recentemente, disse que vai votar no MPLA nas eleições legislativas desta sexta-feira, 5 de Setembro.

Ela fez essa declaração à reportagem da Televisão Pública de Angola (TPA), à margem do comício de encerramento da campanha eleitoral do MPLA, realizado quarta-feira, 3, em Luanda.

Fátima Roque, que era amiga pessoal do ex-líder da UNITA, Jonas Savimbi, chegou a pertencer ao Comité Político Permanente da organização. Antes da eleição de 1992, era cotada como possível ministra da Economia de Angola, caso a UNITA vencesse a disputa, que acabou por perder para o MPLA.

Ela foi casada com o banqueiro Horácio Roque, do Banif, que foi um dos principais financiadores da UNITA durante a guerra contra o governo angolano.

Durante este mês de campanha, terminada ontem, quarta-feira, perto de um milhar de militantes e outras figuras da UNITA aderiram ao MPLA ou apelaram ao voto no partido no poder, em todo o país.

Entre eles, contam-se responsáveis do partido, deputados, vice-ministros e administradores municipais e comunais.

Antes de Fátima Roque, outra figura de destaque da UNITA que já tinha apelado ao voto no MPLA tinha sido o deputado Jorge Valentim, um dos co-fundadores da organização, muito influente na área do Lobito e Benguela.

(Depois de ouvir Mário Crespo, da SIC, e o Director do Público a deplorar terem sido banidos, pelo governo de Angola, da cobertura das eleições, lembrei-me de colocar aqui este artigo, que retirei daqui. Talvez não seja visível a relação entre uns e outros, mas que Fátima Roque já teve grande tempo de antena naqueles órgãos de comunicação, lá isso teve).

1 comentário:

M.C.R. disse...

Fátima Roque nunca me pareceu grande espingarda. suponho mesmo que muito da sua popularidade se devia ao (ex)marido, ao facto de ser branca e de militar na UNITA sendo branca. O resto era, do ponto de vista político pífio, pobre e pouco convincente.
não me espanta que agora esteja com o partido antecipadamente vencedor.
O mesmo sucede com Valentim, se de facto este Valentim era o rapaz que durante anos andou emproado pela europa como porta voz de Savimbi. Tamb´wem ele, apesar de muito dogmático e enfático parecia um balão de ar.
Note-se que nunca fui à missa de Savimbi, como aliás não fui à de Holden ou Agostinho. Sempre me pareceram líderes fabricados ao sabor das circunstâncias e dos apoios que foram grangeando. holden nunca teve mão nos "demónios" que soltou. Agostinho nunca passou de um aparatchik, formado na velha escola do PC que depois, convenientemente, renegou. Savimbi tinha mais ego que cabeça e perdeu-se perdendo todos os seus melhores colaboradores (a maioria morreu e os que sobram não ocntam)- O cheiro do poder, misturado com o do petróleo dá nisto: em conversões atempadas e...esperadas.
Todavia não me venham dizer que esta segunda edição do caminho de Damasco também é obra do colonialismo. Não é: é obra apenas do oportunismo. E da falta de vergonha.