O Diário Económico de ontem informava: “Remunerações dos gestores sobem”. Lendo a notícia ficava-se a saber que as remunerações auferidas pelos membros dos órgãos sociais das empresas cotadas no PSI 20, com excepção da PT, subiram significativamente no primeiro semestre deste ano. Os aumentos mais expressivos ocorreram para os gestores da Brisa (+12,4%), sendo a menor subida na Teixeira Duarte (+3,9%).
Em ano de crise acentuada, não deixei de ficar surpreendido com esta noticia, tanto mais que a mesma poderia indiciar que, afinal de contas, a crise não era tão profunda ou que os empresários/administradores não só souberam resistir, como conseguiram gerar mais valor, daí o acréscimo nas suas remunerações.
A alimentar esta tese estava também a notícia, no mesmo D.E., segundo a qual as “Empresas foram às compras durante a crise investimentos de quase 900 milhões em acções próprias”.
No mesmo D.E, de hoje, lê-se em manchete de primeira página, “Economistas contra subidas de salários”. “Não há margem para isso por causa da competitividade e da inflação”. Nas páginas interiores alguns especialistas traçam um cenário negro que desaconselha o aumento dos salários, porque, dizem, outros custos de factores produtivos não deixarão de subir e os ganhos de produtividade não acompanham o ritmo de crescimento desses custos. Em reforço destas opiniões aparece a posição expressa pelo Banco Central Europeu, titulada nestes termos: “BCE mantém juros e luta contra subida de salários”.
A conclusão a retirar é que o D.E. fez bem em dar aquelas notícias em dias diferentes. Assim não teve de questionar os especialistas acerca do aumento das remunerações e outros benefícios das administrações.
Em ano de crise acentuada, não deixei de ficar surpreendido com esta noticia, tanto mais que a mesma poderia indiciar que, afinal de contas, a crise não era tão profunda ou que os empresários/administradores não só souberam resistir, como conseguiram gerar mais valor, daí o acréscimo nas suas remunerações.
A alimentar esta tese estava também a notícia, no mesmo D.E., segundo a qual as “Empresas foram às compras durante a crise investimentos de quase 900 milhões em acções próprias”.
No mesmo D.E, de hoje, lê-se em manchete de primeira página, “Economistas contra subidas de salários”. “Não há margem para isso por causa da competitividade e da inflação”. Nas páginas interiores alguns especialistas traçam um cenário negro que desaconselha o aumento dos salários, porque, dizem, outros custos de factores produtivos não deixarão de subir e os ganhos de produtividade não acompanham o ritmo de crescimento desses custos. Em reforço destas opiniões aparece a posição expressa pelo Banco Central Europeu, titulada nestes termos: “BCE mantém juros e luta contra subida de salários”.
A conclusão a retirar é que o D.E. fez bem em dar aquelas notícias em dias diferentes. Assim não teve de questionar os especialistas acerca do aumento das remunerações e outros benefícios das administrações.
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