29 setembro 2008

Disputa Partidária

As legislativas estão de volta. O que faria sentido era que se ouvisse falar de opções, projectos para o país. Não seria pedir muito se os directórios partidários avançassem com uma ideia para o país alcançar no espaço de uma a duas décadas. Uma ideia que mobilizasse os diferentes sectores da sociedade. E que as pessoas a candidatar e a própria campanha eleitoral alimentasse o debate em volta de ideias e objectivos a médio/longo prazo, apresentadas por cada um dos partidos para o país.

As noticias que vão saindo mostram a tricas do costume, os alinhamentos, as escolhas que resultarão mais de quem domina e controla a perfídia das máquinas partidárias do que de qualquer debate de ideias. Esta notícia refere-se às movimentações no PS. O mesmo se passará no PSD. No PCP e no Bloco as coisas não se distinguirão muito e as mesmas gentes aparecerão nos lugares do costume. O CDS é o PP e basta-se.

A conclusão a tirar, plagiando alguns pensadores liberais, é que é preferível uma má democracia a não ter democracia nenhuma. Portanto, podemos estar todos tranquilos, o sistema vai manter-se e replicar o mesmo modelo de funcionamento. Assim o indicia a profundidade das ideias em debate no interior dos aparelhos partidários, a julgar pelo que transparece para a comunicação social.

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