O Primeiro Ministro acaba de declarar que o Governo está muito disponível para ajudar o Banco Privado Português. Esta declaração deve ter deixado os cerca de 3 mil investidores do Banco muito tranquilos.
Os Pequenos e médios empresários é que devem ficar intranquilos porque o dinheiro que vai salvar as cerca de 3 mil fortunas, que o BPP gere, vai faltar para os financiar as pequenas e médias empresas, que se vão queixando por todos os lados, mas que não têm pedalada para mais.
Quem também se sentiu incomodado com o gesto de boa vontade do Governo, relativamente aos afortunados do BPP, foi Joe Berardo, que acaba de declarar que também é filho de bom pai e que também merece ser ajudado, tal como os demais empresários em dificuldades, dizendo ainda que não percebe porque razão um banco que gere fortunas tem de ser ajudado pelo Governo.
Eu também não percebo. Nem acredito, Deus me livre, que o PM esteja a fazer isto porque há meia dúzia de pessoas muito influentes metidas no BPP, como Berardo parece ter insinuado. Como não percebo porque ninguém pergunta qual a razão para o João Rendeiro, que tanto dinheiro parece ter dado a ganhar aos cerca de 3 mil afortunados, ter de abandonar agora, exactamente agora, o BPP. Espanta-me que o próprio Joe Berardo não tivesse aflorado o tema.
O que não me espanta, de todo, é a disponibilidade do Governo para ajudar o reduzido grupo BPP. E mesmo que o Primeiro Ministro diga que os contribuintes vão ser ressarcidos do dinheiro que agora é garantido pelo Estado ao BPP, confesso-me descrente, muito descrente, até porque quando forem prestar contas, o actual PM já será gestor de top numa grande empresa, seguindo o trajecto natural dos sábios da política.
Os contribuintes, coitados, lá terão de ir contribuindo para o esforço que a permanente contenção orçamental obriga. Contenção que jamais afectará o sistema financeiro. Este pode gastar à vontade, arriscar, fazer negócios claros e escuros, distorcer resultados e esconder lucros, porque no momento da crise, em nome da superior tranquilidade da população, o Governo – este ou o que vier – lá estará para salvar quem sempre viveu em abastança. E nessa altura, com a maior das bonomias, os donos da banca vão declarar estar sempre disponíveis para ajudar o país.
Os Pequenos e médios empresários é que devem ficar intranquilos porque o dinheiro que vai salvar as cerca de 3 mil fortunas, que o BPP gere, vai faltar para os financiar as pequenas e médias empresas, que se vão queixando por todos os lados, mas que não têm pedalada para mais.
Quem também se sentiu incomodado com o gesto de boa vontade do Governo, relativamente aos afortunados do BPP, foi Joe Berardo, que acaba de declarar que também é filho de bom pai e que também merece ser ajudado, tal como os demais empresários em dificuldades, dizendo ainda que não percebe porque razão um banco que gere fortunas tem de ser ajudado pelo Governo.
Eu também não percebo. Nem acredito, Deus me livre, que o PM esteja a fazer isto porque há meia dúzia de pessoas muito influentes metidas no BPP, como Berardo parece ter insinuado. Como não percebo porque ninguém pergunta qual a razão para o João Rendeiro, que tanto dinheiro parece ter dado a ganhar aos cerca de 3 mil afortunados, ter de abandonar agora, exactamente agora, o BPP. Espanta-me que o próprio Joe Berardo não tivesse aflorado o tema.
O que não me espanta, de todo, é a disponibilidade do Governo para ajudar o reduzido grupo BPP. E mesmo que o Primeiro Ministro diga que os contribuintes vão ser ressarcidos do dinheiro que agora é garantido pelo Estado ao BPP, confesso-me descrente, muito descrente, até porque quando forem prestar contas, o actual PM já será gestor de top numa grande empresa, seguindo o trajecto natural dos sábios da política.
Os contribuintes, coitados, lá terão de ir contribuindo para o esforço que a permanente contenção orçamental obriga. Contenção que jamais afectará o sistema financeiro. Este pode gastar à vontade, arriscar, fazer negócios claros e escuros, distorcer resultados e esconder lucros, porque no momento da crise, em nome da superior tranquilidade da população, o Governo – este ou o que vier – lá estará para salvar quem sempre viveu em abastança. E nessa altura, com a maior das bonomias, os donos da banca vão declarar estar sempre disponíveis para ajudar o país.
Que nos resta fazer? Talvez mostrar compreensão. Talvez não!
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