A paródia que corre no You Tube e que no link nos mostra constitui uma crítica mordaz à politica do Governo de apoio à banca em geral e a alguns afortunados em particular. O que é que o Ministro das Finanças pensará ao ouvir aqueles artistas a dizer o que dizem? E o Primeiro Ministro, que pensará ele? Provavelmente riem-se, acham piada a este tipo de humor e até pensarão que é um modo de alisar as consciências, na medida em que todos achamos muito interessante a crítica e ficamos mais aliviados.
A intervenção do Governo no apoio à banca é de tal modo gravosa, para os contribuintes, que não pode nem deve ser branqueada, seja de que modo for. É por isso que se deve manter o tema e acrescentar tudo quanto possa contribuir para mostrar o erro desta política e a inércia das autoridades.
Entre os críticos do Governo pelo apoio dado à banca aparece agora Belmiro de Azevedo, que diz, inclusive, que “se caíssem dois ou três bancos em Portugal não se notava”. Henrique Ganadeiro, Presidente da PT, alinha pelo mesmo diapasão e diz: “ não entendo a intervenção na banca”, considerando um mau sinal a intervenção no BPN e incompreensível a ajuda ao BPP.
Quanto mais se vai sabendo sobre a actividade da banca mais se adensa a nebulosa teia. Apesar de ninguém ainda ter dito das razões que obrigaram João Rendeiro a deixar a Presidência do BPP, soube-se, agora, segundo o Expresso, que um grupo a clientes vai apresentar uma queixa crime contra Rendeiro e o BPP, por burla, peculato e favorecimento de credores.
Mas estas acções também parecem não ser novas e muito menos novidade para o Banco de Portugal. É que a autorização para criar o BPP foi dada contra um parecer/auditoria que aconselhava o Banco de Portugal, em1996, a não permitir a abertura do BPP. Contudo, António Sousa, então Governador do BdP, não deu importância a tal auditoria e lá concedeu a licença que João Rendeiro pedia.
Entretanto, António Sousa terá ocupado muitos outros cargos importantes e agora, tantos anos depois, ninguém lhe vai perguntar o porquê der ter concedido a licença do BPP quando uma auditoria desaconselhava tal decisão. Pouco tempo foi necessário para o Banco de João Rendeiro ser confrontado com uma denúncia pela prática de fraude e manipulação de mercado, conforme Público de 12/12. O Ministério Público instaurou o correspondente processo, que acabou por ser indeferido por decisão do Tribunal de Instrução Criminal.
O que tudo isto mostra é que o Governo se dispôs a salvar quem sempre andou do outro lado da lei e que, plagiando Belmiro de Azevedo, não viria grande mal para o país se deixasse esses senhores (e quem apostou neles), que tanto êxito tiveram nos negócios, levarem o seu risco até ao fim.
O que os factos conhecidos nos mostram é que ano após ano retiraram consideráveis mais valias, que resultaram de práticas irregulares e que prejudicaram o próprio Estado, mas no momento em que se pôs a nu as falcatruas, em vez de obrigar a assumir o risco, o Governo abriu as portas do cofre e deixou sair o dinheiro que até aí ninguém sabia que existia.
Os factos e a prática governativa mostram a justeza da canção “Salvem os Ricos”.
Os problemas da Banca não param, a mostrar que o Governo entrou onde não deveria entrar. No BCP as coisas não continuam lá muito católicas. Negócios em paraísos fiscais e outros podem levar alguns ex-administradores do BCP a terem de responder perante as autoridades.
A intervenção do Governo no apoio à banca é de tal modo gravosa, para os contribuintes, que não pode nem deve ser branqueada, seja de que modo for. É por isso que se deve manter o tema e acrescentar tudo quanto possa contribuir para mostrar o erro desta política e a inércia das autoridades.
Entre os críticos do Governo pelo apoio dado à banca aparece agora Belmiro de Azevedo, que diz, inclusive, que “se caíssem dois ou três bancos em Portugal não se notava”. Henrique Ganadeiro, Presidente da PT, alinha pelo mesmo diapasão e diz: “ não entendo a intervenção na banca”, considerando um mau sinal a intervenção no BPN e incompreensível a ajuda ao BPP.
Quanto mais se vai sabendo sobre a actividade da banca mais se adensa a nebulosa teia. Apesar de ninguém ainda ter dito das razões que obrigaram João Rendeiro a deixar a Presidência do BPP, soube-se, agora, segundo o Expresso, que um grupo a clientes vai apresentar uma queixa crime contra Rendeiro e o BPP, por burla, peculato e favorecimento de credores.
Mas estas acções também parecem não ser novas e muito menos novidade para o Banco de Portugal. É que a autorização para criar o BPP foi dada contra um parecer/auditoria que aconselhava o Banco de Portugal, em1996, a não permitir a abertura do BPP. Contudo, António Sousa, então Governador do BdP, não deu importância a tal auditoria e lá concedeu a licença que João Rendeiro pedia.
Entretanto, António Sousa terá ocupado muitos outros cargos importantes e agora, tantos anos depois, ninguém lhe vai perguntar o porquê der ter concedido a licença do BPP quando uma auditoria desaconselhava tal decisão. Pouco tempo foi necessário para o Banco de João Rendeiro ser confrontado com uma denúncia pela prática de fraude e manipulação de mercado, conforme Público de 12/12. O Ministério Público instaurou o correspondente processo, que acabou por ser indeferido por decisão do Tribunal de Instrução Criminal.
O que tudo isto mostra é que o Governo se dispôs a salvar quem sempre andou do outro lado da lei e que, plagiando Belmiro de Azevedo, não viria grande mal para o país se deixasse esses senhores (e quem apostou neles), que tanto êxito tiveram nos negócios, levarem o seu risco até ao fim.
O que os factos conhecidos nos mostram é que ano após ano retiraram consideráveis mais valias, que resultaram de práticas irregulares e que prejudicaram o próprio Estado, mas no momento em que se pôs a nu as falcatruas, em vez de obrigar a assumir o risco, o Governo abriu as portas do cofre e deixou sair o dinheiro que até aí ninguém sabia que existia.
Os factos e a prática governativa mostram a justeza da canção “Salvem os Ricos”.
Os problemas da Banca não param, a mostrar que o Governo entrou onde não deveria entrar. No BCP as coisas não continuam lá muito católicas. Negócios em paraísos fiscais e outros podem levar alguns ex-administradores do BCP a terem de responder perante as autoridades.
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