Regresso aos ensinamentos
do grande timoneiro
Se bem recordo foi Mao Zedong (ou Mao Tse Tung, como então se escrevia) quem numa brochura célebre, “A guerra revolucionária”, propunha uma série de regras para a chamada guerra de guerrilhas. Mao, nesse momento, enfrentava o Japão, ou seja, enfrentava o melhor e mais disciplinado exército oriental e porventura um dos melhores exércitos do mundo. Os japoneses iriam, aliás, prová-lo liquidando os exércitos inglês, francês e holandês sem sequer defrontar as mesmas dificuldades que tinha defrontado na China.
Derrotado o exército regular chinês, reduzido a pequenos bastiões sem importância, sem ligações e sem real capacidade ofensiva, apenas restava aos japoneses resolver o problema dos guerrilheiros comunistas baseados no longínquo Yenan. É desta época, se não erro, que data a brochura acima citada. Mao escreveu-a (provavelmente com a ajuda de alguns dos seus generais, Liu Xao Xi, Lin Piao entre outros) para servir de manual politico-militar da sua gente em armas.
Nessas páginas, escritas num tom demasiado simples mas não desprovidas de uma extrema lógica, Mao explica e propõe princípios absolutamente básicos hoje mas que na altura o não seriam. Agora parece evidente dizer que quando o inimigo ataca se recua no caso de não ter forças suficientes ou de a defesa mesmo vitoriosa resultar num sacrifício desproporcionado, que se o inimigo para, se deve hostilizá-lo e se ele recua há quer atacar com redobrada violência.
Depois, o mesmo Mao explica que no caso de ataque contra o inimigo há que fazê-lo com o maior número de forças possível, com uma superioridade numérica quatro cinco ou mais vezes superior de modo a liquidá-lo definitivamente.
No capítulo da movimentação guerrilheira, além do já famoso slogan, o guerrilheiro move-se no seio das massas como peixe na água", Mao explica que entre combatentes e apoiantes não devem existir quaisquer contradições ao mesmo tempo que, para certas circunstancias, não há sacrifícios a que se não deva recorrer. E por aí fora. Os interessados poderão, decerto, encontrar na internet o livrinho pelo que me dispenso de o citar mais.
Isto que venho de escrever deveria estar dentro da cabecinha de todas as almas que se comovem com o que se passa no médio oriente. E por uma razão fundamental: guerrilheiros do Hamas e Tsahal conhecem perfeitamente este texto fundador do maoísmo. Conhecem-no por vias diferentes. Tsahal é herdeiro do Palmach e da Haganah, organizações armadas do pré-Estado israelita. Não eram as únicas como já anteriormente se disse porque havia lateralmente organizações puramente terroristas a quem coube a parte mais vergonhosa da “luta de autodeterminação israelita”. Do mesmo modo, depois das duras derrotas sofridas pelos árabes, as novas organizações “revolucionárias” palestinianas aprenderam a mover-se nos campos de refugiados e nos territórios ocupados como “peixe na água”. Dentre elas apenas a Fatah, com o peso das funções oficiais que lhe couberam, que usurpou, ou que ganhou á força de votos, é que emergiu distinta e diferenciada. Os restantes grupos, clandestinos ou para-clandestinos continuaram submersos na população.
No caso do Hamas, a exemplo do Hezbolah libanês, a organização foi mais longe. Manteve uma direcção político militar clandestinizada e, em certos casos, emigrada, mas ao mesmo tempo criou redes sociais que o frágil Estado da OLP não conseguia formar ou formava mal. Criaram-se escolas, postos médicos, serviços de assistência religiosa e social, enfim uma multiplicidade de organizações civis que ou duplicavam as estruturas existentes ou respondiam a necessidades básicas da população da Faixa de Gaza.
Entre estes diferentes níveis as ligações são totais, obviamente. O Hamas não é exactamente uma organização caritativa (que também é) e sabe que pode e deve tirar dividendos políticos dessa imensa actividade.
Quer isto dizer que todas as escolas, postos médicos, serviços de assistência são velhacouto de guerrilheiros com uma granada atada à cinta e uma kalashnikov guardada no armário? Claro que não! Quer isto dizer que todos os funcionários que trabalham nestas organizações são guerrilheiros, logo inimigos combatentes do invasor israelita? Também não.
Todavia nenhuma destas organizações, como nenhuma das suas sedes, por mais cruzes vermelhas, crescentes vermelhos que ostentem, pode considerar-se território exclusivamente civil. Quando um destacado dirigente do Hamas nos declara com naturalidade que ao contrario dos seus adversários que amam a vida, os guerrilheiros amam a morte está apenas a referir uma das primeiras regras da ideologia do partido.
Poder-se-ia tentar fazer o exercício de pesquisar o momento em que esse bárbaro fatalismo se tornou uma verdade pelo menos para os mais politizados habitantes de Gaza. Poder-se-ia perguntar o que fez Israel durante os longos anos de potência ocupante (e perceber que em certa altura deu uma mãozinha ao Hamas para enfraquecer o Fatah). E perguntar finalmente o que é que foi feito pelos países irmãos para minorar a sorte desta desgraçada população. Só que isso, neste momento, é um exercício inútil. Primeiro porque há documentos mais que suficientes, públicos, esclarecedores da realidade da região. Depois porque agora há uma guerra em que ambos os lados levam a cabo com a eficiência possível as notas que um já longínquo político chinês escreveu para instruir o seu exército de camponeses.
Repete-se, e repetir-se-á o número necessário de vezes, que em Gaza não só está enraizada a ideia dos escudos humanos, do sacrifício até às últimas consequências, da guerra por todos os meios contra o inimigo sionista, como no campo contrario também se aprendeu que na dúvida os alvos são todos militares, que é preciso atacar com o máximo de força para liquidar depressa e totalmente o inimigo. Aliás com mais uma contrainte: o exército israelita sabe perfeitamente que o que tem a fazer tem de ser feito depressa. Ao contrario do Não-Estado do Hamas, Israel responde perante uma comunidade de nações, está sob o escrutínio de uma miríade de observadores, nem sempre neutrais, e tem de acatar (tão tarde quanto lhe é possível) as injunções da comunidade internacional e da sua própria opinião pública.
A campanha que decidiu levar a cabo tem objectivos limitados: derrotar temporariamente o Hamas, reduzir-lhe a eficácia e os meios, isolá-lo tanto quanto possível da população local e cortar-lhe as vias de abastecimento militar (os famosos túneis na fronteira egípcia...). numa palavra: retardar o momento de tréguas, de conversações, inverter a relação de forças Hamas-Fatah no território.
É ainda provável que estas operações militares possam obedecer a outra linhas de força. A administração americana está paralisada até 20 de Janeiro, há eleições políticas em Israel brevemente, e os problemas com que se debate a maioria dos países ocidentais também impedem que exerçam grande influência, tanto mais (e isso é fundamental) que são os checos quem dirige a União Europeia. Como aliás já se viu logo na primeira declaração sobre o conflito.
E finalmente, uma vez mais, uma nota sobre alguns dos protestos levados a cabo por pequenas franjas da esquerda radical: não se consegue perceber o que propõem, para além da condenação habitual de Israel. Quais são as soluções que defendem para o conflito no Médio Oriente? Que pensam do terrorismo? Que política propõem quanto ao Líbano, essa vacuidade política inventada pela França quando teve o mandato dos antigos territórios turcos dependentes da antiga província de Damasco no final da primeira guerra mundial? E para a Síria? E para o Irão? E, já agora, para o Iraque?
Porque, ao fim de quase um século nesta região, as coisas estão ainda pior do que no tempo do império turco. E é duvidoso que as populações sejam mais felizes... Ou que controlem melhor (ou mais) o seu destino enquanto povo.
* "Mao Tsé-toung: La guerre revolutionnaire" 10-18, UGE, 1962. Este livro consta de dois textos: "Problemas estratégicos da guerra revolucionária na China", e "Questões de estratégia na guerra de guerrilhas anti-japonesa" de 1936 e 1938 respectivamente.
d'Oliveira
do grande timoneiro
Se bem recordo foi Mao Zedong (ou Mao Tse Tung, como então se escrevia) quem numa brochura célebre, “A guerra revolucionária”, propunha uma série de regras para a chamada guerra de guerrilhas. Mao, nesse momento, enfrentava o Japão, ou seja, enfrentava o melhor e mais disciplinado exército oriental e porventura um dos melhores exércitos do mundo. Os japoneses iriam, aliás, prová-lo liquidando os exércitos inglês, francês e holandês sem sequer defrontar as mesmas dificuldades que tinha defrontado na China.
Derrotado o exército regular chinês, reduzido a pequenos bastiões sem importância, sem ligações e sem real capacidade ofensiva, apenas restava aos japoneses resolver o problema dos guerrilheiros comunistas baseados no longínquo Yenan. É desta época, se não erro, que data a brochura acima citada. Mao escreveu-a (provavelmente com a ajuda de alguns dos seus generais, Liu Xao Xi, Lin Piao entre outros) para servir de manual politico-militar da sua gente em armas.
Nessas páginas, escritas num tom demasiado simples mas não desprovidas de uma extrema lógica, Mao explica e propõe princípios absolutamente básicos hoje mas que na altura o não seriam. Agora parece evidente dizer que quando o inimigo ataca se recua no caso de não ter forças suficientes ou de a defesa mesmo vitoriosa resultar num sacrifício desproporcionado, que se o inimigo para, se deve hostilizá-lo e se ele recua há quer atacar com redobrada violência.
Depois, o mesmo Mao explica que no caso de ataque contra o inimigo há que fazê-lo com o maior número de forças possível, com uma superioridade numérica quatro cinco ou mais vezes superior de modo a liquidá-lo definitivamente.
No capítulo da movimentação guerrilheira, além do já famoso slogan, o guerrilheiro move-se no seio das massas como peixe na água", Mao explica que entre combatentes e apoiantes não devem existir quaisquer contradições ao mesmo tempo que, para certas circunstancias, não há sacrifícios a que se não deva recorrer. E por aí fora. Os interessados poderão, decerto, encontrar na internet o livrinho pelo que me dispenso de o citar mais.
Isto que venho de escrever deveria estar dentro da cabecinha de todas as almas que se comovem com o que se passa no médio oriente. E por uma razão fundamental: guerrilheiros do Hamas e Tsahal conhecem perfeitamente este texto fundador do maoísmo. Conhecem-no por vias diferentes. Tsahal é herdeiro do Palmach e da Haganah, organizações armadas do pré-Estado israelita. Não eram as únicas como já anteriormente se disse porque havia lateralmente organizações puramente terroristas a quem coube a parte mais vergonhosa da “luta de autodeterminação israelita”. Do mesmo modo, depois das duras derrotas sofridas pelos árabes, as novas organizações “revolucionárias” palestinianas aprenderam a mover-se nos campos de refugiados e nos territórios ocupados como “peixe na água”. Dentre elas apenas a Fatah, com o peso das funções oficiais que lhe couberam, que usurpou, ou que ganhou á força de votos, é que emergiu distinta e diferenciada. Os restantes grupos, clandestinos ou para-clandestinos continuaram submersos na população.
No caso do Hamas, a exemplo do Hezbolah libanês, a organização foi mais longe. Manteve uma direcção político militar clandestinizada e, em certos casos, emigrada, mas ao mesmo tempo criou redes sociais que o frágil Estado da OLP não conseguia formar ou formava mal. Criaram-se escolas, postos médicos, serviços de assistência religiosa e social, enfim uma multiplicidade de organizações civis que ou duplicavam as estruturas existentes ou respondiam a necessidades básicas da população da Faixa de Gaza.
Entre estes diferentes níveis as ligações são totais, obviamente. O Hamas não é exactamente uma organização caritativa (que também é) e sabe que pode e deve tirar dividendos políticos dessa imensa actividade.
Quer isto dizer que todas as escolas, postos médicos, serviços de assistência são velhacouto de guerrilheiros com uma granada atada à cinta e uma kalashnikov guardada no armário? Claro que não! Quer isto dizer que todos os funcionários que trabalham nestas organizações são guerrilheiros, logo inimigos combatentes do invasor israelita? Também não.
Todavia nenhuma destas organizações, como nenhuma das suas sedes, por mais cruzes vermelhas, crescentes vermelhos que ostentem, pode considerar-se território exclusivamente civil. Quando um destacado dirigente do Hamas nos declara com naturalidade que ao contrario dos seus adversários que amam a vida, os guerrilheiros amam a morte está apenas a referir uma das primeiras regras da ideologia do partido.
Poder-se-ia tentar fazer o exercício de pesquisar o momento em que esse bárbaro fatalismo se tornou uma verdade pelo menos para os mais politizados habitantes de Gaza. Poder-se-ia perguntar o que fez Israel durante os longos anos de potência ocupante (e perceber que em certa altura deu uma mãozinha ao Hamas para enfraquecer o Fatah). E perguntar finalmente o que é que foi feito pelos países irmãos para minorar a sorte desta desgraçada população. Só que isso, neste momento, é um exercício inútil. Primeiro porque há documentos mais que suficientes, públicos, esclarecedores da realidade da região. Depois porque agora há uma guerra em que ambos os lados levam a cabo com a eficiência possível as notas que um já longínquo político chinês escreveu para instruir o seu exército de camponeses.
Repete-se, e repetir-se-á o número necessário de vezes, que em Gaza não só está enraizada a ideia dos escudos humanos, do sacrifício até às últimas consequências, da guerra por todos os meios contra o inimigo sionista, como no campo contrario também se aprendeu que na dúvida os alvos são todos militares, que é preciso atacar com o máximo de força para liquidar depressa e totalmente o inimigo. Aliás com mais uma contrainte: o exército israelita sabe perfeitamente que o que tem a fazer tem de ser feito depressa. Ao contrario do Não-Estado do Hamas, Israel responde perante uma comunidade de nações, está sob o escrutínio de uma miríade de observadores, nem sempre neutrais, e tem de acatar (tão tarde quanto lhe é possível) as injunções da comunidade internacional e da sua própria opinião pública.
A campanha que decidiu levar a cabo tem objectivos limitados: derrotar temporariamente o Hamas, reduzir-lhe a eficácia e os meios, isolá-lo tanto quanto possível da população local e cortar-lhe as vias de abastecimento militar (os famosos túneis na fronteira egípcia...). numa palavra: retardar o momento de tréguas, de conversações, inverter a relação de forças Hamas-Fatah no território.
É ainda provável que estas operações militares possam obedecer a outra linhas de força. A administração americana está paralisada até 20 de Janeiro, há eleições políticas em Israel brevemente, e os problemas com que se debate a maioria dos países ocidentais também impedem que exerçam grande influência, tanto mais (e isso é fundamental) que são os checos quem dirige a União Europeia. Como aliás já se viu logo na primeira declaração sobre o conflito.
E finalmente, uma vez mais, uma nota sobre alguns dos protestos levados a cabo por pequenas franjas da esquerda radical: não se consegue perceber o que propõem, para além da condenação habitual de Israel. Quais são as soluções que defendem para o conflito no Médio Oriente? Que pensam do terrorismo? Que política propõem quanto ao Líbano, essa vacuidade política inventada pela França quando teve o mandato dos antigos territórios turcos dependentes da antiga província de Damasco no final da primeira guerra mundial? E para a Síria? E para o Irão? E, já agora, para o Iraque?
Porque, ao fim de quase um século nesta região, as coisas estão ainda pior do que no tempo do império turco. E é duvidoso que as populações sejam mais felizes... Ou que controlem melhor (ou mais) o seu destino enquanto povo.
* "Mao Tsé-toung: La guerre revolutionnaire" 10-18, UGE, 1962. Este livro consta de dois textos: "Problemas estratégicos da guerra revolucionária na China", e "Questões de estratégia na guerra de guerrilhas anti-japonesa" de 1936 e 1938 respectivamente.
d'Oliveira
7 comentários:
Pergunta o que é que foi feito pelos países irmãos para minorar a sorte desta desgraçada população (Palestiniana)?
Nada foi feito, nem nada será feito. Os países árabes e o Irão(Excepto Jordânia e Egipto) necessitam como pão para a boca de que os desgraçados dos Palestinianos sofram. Estes países necessitam como pão para a boca que Israel exista e que o Statrus Quo se mantenham tal como está. Assim qualquer desgraça que aconteça nesses países, devido à liderança incompetente e corrupta que possuem, será sempre por culpa de Israel.
Não acredito que Israel tenha auxiliado o Hamas. Não era necessário. Assim que Arafat decidiu entrar pela via da paz, os países árabes tentaram imediatamente auxiliar todos aqueles palestinianos que apenas queriam a via da guerra. Se o Hamas optar pela via da paz, logo aparecerá outra organização palestiniana apoiada por todo o mundo muçulmano a continuar a via da guerra.
Não deveriam ser os países que criaram o Estado de Israel a ter respostas para todas as questões que são colocadas?
Não deveriam ser esses mesmos países a impor uma solução as israelitas e a palestinianos?
Israel (ou os seus serviços secretos, Mossad et alia...) auxiliou o Hamas e o Hezbolah. Tratava-se, na altura, de criar problemas a outros grupos e entidaedes marcadamente laicos e por isso merecedores de alguma confiança por parte do Ocidente.
Israel foi criado por uma resolução da ONU. votaram contra os países árabes e muçulmanos e a favor os restantes Europa, Américas e URSS (e satélites, suponho). Como o meu caro amigo recordará ainda havia uma boa centena de países colonizados, regiões que depois assumiram a forma de Estado etc... que obviamente não tiveram voto na matéria. Todavia, ao assumirem-se como membros da ONU herdam encargos desta, como é natural na adesão a uma aliança multilateral. Pedir à esta goigantesca comunidade que resolva um problema que tem exactamente 60 anos parece-me inviável e, com perdão, absurdo.
Como julgo que não é contra a existencia do Estado israelita terá de concordar que é este e a Entidade Nacional Palestiniana, que data da mesma altura, quem tem de arcar com os problemas e sua solução.
Israel (ou os seus serviços secretos, Mossad et alia...) auxiliou o Hamas e o Hezbolah. Tratava-se, na altura, de criar problemas a outros grupos e entidaedes marcadamente laicos e por isso merecedores de alguma confiança por parte do Ocidente.
Israel foi criado por uma resolução da ONU. votaram contra os países árabes e muçulmanos e a favor os restantes Europa, Américas e URSS (e satélites, suponho). Como o meu caro amigo recordará ainda havia uma boa centena de países colonizados, regiões que depois assumiram a forma de Estado etc... que obviamente não tiveram voto na matéria. Todavia, ao assumirem-se como membros da ONU herdam encargos desta, como é natural na adesão a uma aliança multilateral. Pedir à esta goigantesca comunidade que resolva um problema que tem exactamente 60 anos parece-me inviável e, com perdão, absurdo.
Como julgo que não é contra a existencia do Estado israelita terá de concordar que é este e a Entidade Nacional Palestiniana, que data da mesma altura, quem tem de arcar com os problemas e sua solução.
Formalmente as coisas passaram-se como diz. Contudo, foi a França e os EUA que lideraram esse processo e acabaram por impor a solução. Acresce que ainda hoje há países, caso da Alemanha, a financiar com milhões e milhões de euros o Estado de Israel. Portanto, deveriam ser estes países a impor a solução. Esperar que palestinianos e israelitas se entendam é o mesmo que condenar ao genocídio ou êxodo dos palestinianos.
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