Cavaco Silva não teve o meu voto na sua caminhada para a Presidência da República. Não me revejo nem na forma nem na substância do nosso Presidente, que nos últimos tempos tem andado muito agitado politicamente. Depois do Verão quente, sob o “anticiclone” dos Açores, Cavaco começou a preocupar-se em demasia com a agenda mediática e com aquilo que os jornais dizem ou presumem.
Após o magnífico comunicado na sequência de rumores que o relacionavam com o BPN e com os seus gestores, surge agora um outro comunicado a desmentir fontes não identificadas e que defendiam que o Presidente tinha ideias fixas e definidas quanto ao agendamento dos próximos actos eleitorais, em oposição ao Governo. Cavaco desmente rumores e fontes, mas não se fica por aqui. Segundo Mário Crespo denunciava ontem no JN, o chefe da Casa Civil do Presidente, o experimentado Nunes Liberato, ex-secretário de Estado e ex-secretário-geral do PSD sob a liderança de Cavaco, escreveu à administração (!) da SIC, desmentindo as referências que Mário Crespo fizera aos rumores que fizeram transparecer para os meios de comunicação que a Presidência se preparava para não promulgar a Lei do Orçamento de Estado.
Tanta efervescência e tanta irritabilidade, em tempo de crise e a dois anos ainda das próximas presidenciais, são motivo de estranheza e incompreensão. Será estilo ou falta dele?
2 comentários:
é cooperação estratégica!!!
abraço
eu nunca me revi em Cavaco ou sequer nos seus amigos partidários. todavia, nestes últimos tempos tenho de confessar que há coisas em que ele tem razão. A começar pela salgalhada inconstitucional dos Açores a que o medíocre César veio agora dar mais folego.
E nem falo das bandeiras pois remeto-me ao que hoje escreve Jorge Miranda.
Agora nesta troca de rumores o que me parece estranho é que há sempre um rumor a dizer que Cavaco disse, fez, pensou. De onde vêm? A que se destinam?
Ou seja: que é que o PR deve fazer para tirar o tapete a esses rumores? Ou deixou de vigorar a norma "quem cala consente"?
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