11 fevereiro 2009

CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE EVOLUÇÃO BIOLÓGICA

De 3 a 7 de Março vai realizar-se em Roma um Congresso Internacional sobre “Evolução biológica: Factos e Teorias. Uma avaliação crítica 150 anos depois de " A origem das espécies "
Organizam o Congresso a Pontifícia Universidade Gregoriana, em colaboração com a Universidade de Notre Dame (Indiana, E.U.A.), sob o patrocínio do Conselho Pontifício para a Cultura, no âmbito do Projecto STOQ (Ciência, Teologia e Questão Ontológica).
Intervieram na conferência de imprensa de apresentação do Congreso, o Arcebispo Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura e presidente honorário da Comissão de Honra do Congresso, o padre Marc Leclerc, SI, professor de Filosofia da Natureza da Universidade Gregoriana e director do Congresso, Giuseppe Tanzella-Nitti, professor de Teologia Fundamental na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, e Saverio Forestiero, professor de Zoologia da Universidade de Roma Tor Vergata, membro da comissão organizadora.
O Arcebispo Ravasi afirmou que este Congresso responde à exigência de restabelecer “o diálogo entre ciência e fé, porque nenhuma delas pode esgotar o mistério do homem e do universo"
O Professor Leclerc explicou que o Congresso está dividido em nove sessões, que vão discutir sobre "os factos essenciais sobre a teoria da evolução relacionados com a paleontologia e a biologia molecular", "o estudo científico dos mecanismos da evolução”, “o que diz a ciência sobre a origem do homem, "grandes questões antropológicas relacionadas com a evolução”, “as implicações racionais da teoria, quer no campo epistemológico como metafísico ou da filosofia da natureza." Finalmente disse que "haverá duas sessões teológicas para examinar a evolução a partir da perspectiva da fé cristã, baseada numa correcta exegese dos textos bíblicos que tratam da Criação, bem como a recepção da teoria pela Igreja ".
O Professor Saverio Forestiero observou que "a relativa fluidez da teoria evolutiva contemporânea se deve, em grande parte, a uma série de descobertas do último quarto de século que requerem uma reconfiguração da teoria sintética e poderá conduzir a uma teoria evolutiva de terceira geração ". "Penso que o Congresso representa substancialmente uma ocasião, nem propagandista, nem apologética, de encontro entre cientistas, filósofos e teólogos sobre as questões fundamentais colocadas pela evolução biológica, que se assume e discute como um facto para além de qualquer dúvida razoável, para aprofundar as suas manifestações e mecanismos causais, além de analisar o alcance e a qualidade das teorias explicativas propostas até à data."
Por sua vez, o professor Tanzella Nitti sublinhou que "a partir da perspectiva da teologia cristã, a evolução biológica e a Criação não se excluem em absoluto. (...) Nenhum dos mecanismos evolutivos se opõe à afirmação de que Deus"quis", e decidiu "criar "o ser humano. Nem sequer se opõem aos numerosos eventos aleatórios durante a lenta evolução da vida, desde que o recurso ao caso seja uma simples leitura científica dos fenómenos científicos, incapaz de negar a esfera dos fins”. Depois de manifestar a esperança de que "a teologia faça cada vez uma maior utilização das ciências naturais como um recurso positivo de conhecimentos, e não só como uma fonte de problemas", Professor Tanzella-Nitti, admitiu: "Não creio que seja possível uma evolução biológica num mundo materialista, sem informação, sem direcção, sem um projecto. No mundo criado, a tarefa da teologia é precisamente falar sobre a natureza e do significado desta informação, o logos, que, como gosta de repetir Bento XVI, é a razão não criada fundamento de todas as coisas e da história. "

In Serviços de Informação do Vaticano

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