O Governo acaba de anunciar que este ano vai abrir dois concursos para contratar mais 2.000 polícias, para a PSP e GNR, com o objectivo de reforçar o combate ao crime violento. O objectivo é, ainda, reforçar o controlo das fronteiras e reequipar as forças policiais com 7.000 armas de 9mm e mil coletes à prova de bala.
Esta medida, que agora se diz que vai ser executada, decorre de outros anúncios anteriores e creio que do próprio programa do Governo em fim de exercício. Os cidadãos, em geral, vão achar bem porque acreditam que com mais policiais se melhora a segurança de cada um.
Contudo, face ao clima de crise generalizada e ao desemprego que dia a dia se anuncia bem pode o governo programar já a abertura de novos concursos para a admissão de mais polícias, porque não é preciso ser sociólogo para saber que o que vem aí é mais criminalidade e que esta acompanhará (não sei em que grau) o crescimento do desemprego.
Talvez o reforço dos polícias devesse ser acompanhado pela exigência dos empresários, em particular dos grandes empresários, assumirem, finalmente, o que, em gloriosas conferências e brochuras de promoção dos ditos, se tem apelidado de “responsabilidade social das empresas”. Acredito que, nesta fase, por esta via se possa fazer mais pela segurança pública, do que pela via do reforço policial.
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