Ontem, o Rotary Club do Porto visitou a Escola Básica 23 Augusto Gil, sede do
Agrupamento Vertical Augusto Gil, no Porto. Admirei, desde logo, a organização, o aprumo e a limpeza da Escola, que é frequentada por 650 alunos. Trata-se de uma escola pública que, no local, sucedeu aos privados Colégio de Nossa Senhora da estrela (feminino) e, posteriormente, Colégio João de Deus (masculino), que é uma referência na cidade. Presente estava o decano dos rotários portuenses que, há 70 anos, deixara o Colégio, após conclusão dos estudos liceais. Um pequeno museu mantém viva a história do João de Deus. Anualmente, reúnem-se na Escola os antigos alunos do Colégio João de Deus (119 no último evento).
A Dra. Teresa Miranda, Presidente do Conselho Executivo, apresentou o Projecto Educativo do Agrupamento, "Aprender a Ser, Aprender a fazer, Aprender a Conhecer". Foi uma exposição interessante, viva, clarividente, reveladora de um grande conhecimento da realidade educativa, dos recursos e dos objectivos pretendidos. Comentei, no momento, que estávamos perante uma professora. De facto, no gesto, na exposição, na paixão, não podia ser senão professora.
A Escola tem, entre outros, dois problemas. Os edifícios de Santa Catarina estão abandonados, por não reunirem condições de segurança, o que é uma pena porque a Escola se debate com falta de espaço. Acresce que não dispõe de laboratórios. O respectivo espaço é no terceiro andar e por razões de segurança têm de transitar para o nível térreo, mas não há verbas nem para as obras, nem para os equipamentos.
Na mesma ocasião, foi entregue bolsa de estudo, patrocinada pela Fundação Rotária Portuguesa, a uma jovem do 9º ano, do quadro de mérito da Escola, para que a ajude a suportar os custos de prosseguir nos estudos e vir a concluir Economia, como é o seu sonho.
Momentos como os de ontem servem para descobrir que ainda há sistema de ensino em Portugal, que há pessoas empenhadas em ensinar e educar, da melhor maneira, os mais jovens. Apesar das dificuldades, ainda há quem não se deixe paralisar pela inércia.
3 pequenas notas: a Escola tem alunos de muitas nacionalidades; a Escola integra alunos portadores de deficiência; a Escola elabora planos de recuperação (para os que apresentam dificuldades de aprendizagem), e planos de desenvolvimento (para os que revelam capacidades acima da média).
Gostei da Biblioteca e dos clubes que funcionam na Escola. E vale a pena ler o Gilinho.
03 fevereiro 2009
Promover a educação integral do aluno
Marcadores: educação, mocho atento
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3 comentários:
Caríssimo Mocho Atento, como gostei de ter estas notícias! Frequentei a então Escola Preparatória Augusto Gil no 5º e no6º ano de escolaridade, entre 1976 e 1978. É gratificante ver que a escola está no bom caminho.
Aproveito para saudar daqui os actuais e antigos alunos, professores e funcionários da Augusto Gil.
Ouvi hoje, na TST, que em muitas Escolas do Ensino Básico os professores não estão a autorizar os alunos a levarem o computador Magalhães para as aulas. Mas se este Computador não for entendido como uma ferramenta na Escola, então, para que é que serve? Com é que os professores da Escola Augusto Gil resolveram este problema?
Caro JSC. O que ouvi foi que, em escolas que ainda não receberam todos os computadores solicitados, os professores optaram por dar indicações para os computadores já entregues ficarem em casa. Por dois motivos: ser desadequado ter alunos em duas velocidades diferentes - uns com computador e outros sem; ser perigoso ter os computadores recebidos armazenados na escola.
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