«... No tempo de Joana, de quando ela era nova, anda-se na estrada que oferecia só o perigo de levantar o pó em rolos, indo depositá-los na vinha, o que protegia a flor. Ainda havia quermesses e leilões de prendas e os crimes eram raros, ainda que personificados. Matava-se por ciúme, por avareza, por sentimento de redenção quando o sexo era forçado pelas curiosidades nefandas. Depois o crime sofreu uma mudança, mundanizou-se, tomou um timbre especulador. A droga criava uma excitação sem barbárie, puramente química. Não havia história, havia condições. A retórica recuava perante a lei que tolerava uma conspiração anárquica. Os direitos do homem punham na clandestinidade a intervenção da pessoa.»
AGUSTINA,
O PRINCÍPIO DA INCERTEZA, Jóia de Família (contracapa do livro)
20 maio 2004
Depois o crime sofreu uma mudança...
Marcadores: artes/cultura, L.C., literatura/livros
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