e te darei a boca
faminta,
a alma desaguada
no corpo verossímil,
a língua indócil,
os olhos ,
vagas e marés.
nua,
a face não oculta
do desejo.
amar-te-ei
quando estiveres só.
quando eu estiver só,
te amarei.
te ensinarei
o som que doma o medo,
o gesto lento em arco,
os lábios que sabem,
o riso livre
do viver pleno.
o outro lado do oceano.
e não estarás só.
eugênia fortes
19 maio 2004
eu te amarei
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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2 comentários:
Obrigada, era o que eu queria dizer. Pela publicação do poema, muito.E sobretudo pelas rosas. Tocaram-me.
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