26 maio 2004

II Ciclo Justiça e Literatura


Justiça e Literatura partilham o terreno da vida e dos conflitos sociais, da relação dos homens com o justo e com a norma. Partilham regras de interpretação dos textos e a retórica.

A Justiça oferece, amiúde, à Literatura a matéria áspera para o seu trabalho de produção estética.

A Literatura oferece à Justiça a reflexão sobre o comportamento humano e social, e também sobre a lei, o fenómeno judiciário e as suas práticas.

Este é o II Ciclo Justiça e Literatura organizado pelo Centro de Estudos Judiciários. Mais quatro conversas centradas em mais quatro livros de autores contemporâneos de língua portuguesa.

Mais uma vez a participação da Escola Superior de Teatro e Cinema, que fará o tratamento cénico de excertos daquelas obras literárias.

Rui do Carmo,
Director-adjunto do CEJ


A Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), no seu Departamento de Teatro, participa pelo segundo ano consecutivo no Ciclo Justiça e Literatura organizado pelo Centro de Estudos Judiciários (CEJ). Esta participação corresponde a uma relação feliz, de alguns anos a esta parte, entre o CEJ e a ESTC.No que ao Departamento de Teatro diz respeito, esta oportunidade de participação corporiza de uma forma singular uma perspectiva peda-gógica de formação de actores que entende a prática teatral, também, como um exercício de cidadania que envolve a convivência com dife-rentes saberes e práticas. Nesta medida esta oportunidade parece-nos indiciar um horizonte de convivência extremamente estimulante. Simultaneamente, afigura-se-nos, enquanto direcção do Departamento de Teatro, uma dimensão acrescida na nossa participação no Ciclo Justiça e Literatura, que coincide com a relação da E.S.T.C com a comunidade, no sentido mais lato e representativo do termo, dando azo ao entendimento da Escola de Teatro, como corpo dinâmico na partilha, na procura e na criação de novos horizontes, para as diferentes actividades envolvidas, neste caso a Justiça a Literatura e o Teatro.

Carlos Pessoa
Director do Departamento de Teatro da ESTC

Nota: Sobre o romance «Jaime Bunda, Agente Secreto», de Pepetela, é interessante a leitura da crónica de Maria Augusta Silva, Abrir as feridas das moléstias.

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