26 junho 2004

Desabafa Pacheco Pereira, hoje, no "Abrupto"

"POBRE PAÍS
o nosso
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Onde é vital, hoje, que não se confunda silêncio com consenso, silêncio com apatia, silêncio com ambiguidade. Está na altura de falar e falar claro, antes que seja tarde de mais. O que está em jogo é grave. É aquilo a que uma noção antiga chamava “bom governo”, a que nos dedicamos por gosto pelo nosso país, gosto pela nossa comunidade antiga, que é a única coisa que dá sentido à política.

11:07 (JPP)
CONGRESSO
Se houver um Congresso extraordinário do PSD, deve ser prévio a qualquer escolha para Primeiro-ministro, para não colocar os congressistas sob a chantagem do derrube do governo do seu próprio partido. A objecção de que isso significaria um governo quase de gestão não colhe, porque o PR, em boa prática institucional, também não deixaria um Primeiro-ministro que está a prazo até à realização do Congresso tomar medidas de fundo. As coisas seriam assim mais limpas e politicamente legitimadas. E o governo de gestão só pode ser dirigido por quem tem legitimidade na orgânica governamental: o número dois do governo.

11:00 (JPP)
POBRE PAÍS
o nosso
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Para o qual eu quero um governo que pense em Portugal em primeiro lugar, que não se importe de perder as eleições, se estiver convicto que políticas difíceis são vitalmente necessárias. Não quero uma comissão eleitoral uninominal (ou binominal) que fará tudo apenas com um fito: ganhar as próximas eleições. Porque esse será o seu programa não escrito.

08:23 (JPP)
POBRE PAÍS
o nosso
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Em plena Futebolândia, com os noticiários da televisão a despachar à pressa as notícias sobre Portugal, pedindo desculpa por interromperem o Euro.

07:15 (JPP)
POBRE PAÍS
o nosso
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Lá vamos desperdiçar de novo o que penosamente adquirimos.
Lá vamos ter que começar tudo de novo."

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