Nunca fui futeboleiro, mas nessa impaciência electrificante do derby , o entusiasmo da vitória gerou um desejo irresistível de partilhar com uma bandeira a glória de Portugal. Procurei atrás do guarda-roupa uma esfarrapada que assinalou muita esperança de dias melhores e comigo viveu os momentos sublimes do “viva a liberdade”. O MDP-CDE ficou, então, hasteado no quarto andar, desfraldando, como em outros tempos, a partilha de emoções, alegrias e esperanças. E senti-me, então, envolvido no mesmo entusiasmo. Mas eis, senão quando, ouço dizer que ali, mesmo na varanda onde eu estava, morava um escandinavo. E de repente, há alguém que diz: aquela bandeira é de um árabe. Fui, então, aconselhado a retirar a bandeira, em nome da “real-politik”.
E interroguei-me: por que se desperdiçam, com muito egoísmo e algum preconceito, as energias que uma bandeira desfraldada galvaniza?!....
25 junho 2004
Desfraldar bandeiras
Marcadores: Desporto, Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM), sociedade
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
13 comentários:
Ó Compadre, eu ando sempre com a fralda de fora. E então quando ela sai pela portinhola, não imagina o poder galvanizador que a bandeira desperta!
Olá Incursões! Primeiramente, parabéns pela vitória dos patrícios portugueses sobre a Inglaterra. Que jogaço, hein? Teu blog tá super maneiro. Aproveito para ler uma entrevista com o autor de O Código da Vinci no meu site pessoal, http://silepse.blogspot.com. Grande abraço!
Olá Incursões! Primeiramente, parabéns pela vitória dos patrícios portugueses sobre a Inglaterra. Que jogaço, hein? Teu blog tá super maneiro. Aproveito para ler uma entrevista com o autor de O Código da Vinci no meu site pessoal, http://silepse.blogspot.com. Grande abraço!
Olá Incursões! Primeiramente, parabéns pela vitória dos patrícios portugueses sobre a Inglaterra. Que jogaço, hein? Teu blog tá super maneiro. Aproveito para ler uma entrevista com o autor de O Código da Vinci no meu site pessoal, http://silepse.blogspot.com. Grande abraço!
O que eu esperava é que tivessemos governantes capazes de saber canalizar para outros desígnios as energias que fazem o nosso capital colectivo de esperança. O euro vai acabar, como (num outro registo)acabou a causa de Timor, e não haverá outras bandeiras para aproveitar as energias do nosso viver em comum!?...
Só para que não haja confusões, devo esclarecer que as repetidos negas do compadre nada têm a ver com o facto do anonymous estar com a fralda de fora.
Enviar um comentário