Adelino Salvado, em entrevista ao DN, diz que «há muita gente que tem medo da Polícia Judiciária».
Entretanto, o ex-subdirector da Polícia Judiciária (PJ) do Porto, Teófilo Santiago, considera, em declarações ao mesmo jornal, que o mais «normal» seria ter sido reconduzido no cargo.
A tomada de posse dos novos dirigentes da PJ no Porto, em que nenhum dos ex esteve presente, é dominada por apelos à coesão.
E o PS e o PCP querem que o director nacional da Polícia Judiciária, Adelino Salvado, se desloque à Assembleia da República para dar explicações sobre o afastamento dos adjuntos do responsável da directoria da força policial no Porto.
Espera-se nova apitadela para o recomeço do jogo...
L.C.
Comentário
O facto do Director Nacional da PJ ser nomeado pelo Ministro da Justiça permite que este episódio das demissões na PJ do Porto possa ser motivo das mais variadas interpretações. Não costumo embarcar facilmente em teorias da conspiração e não sei se há ou não relação directa entre estas mexidas e o caso apito dourado. E penso que, em boa fé, ninguém, a não ser provavelmente os próprios (director e directores adjuntos) poderá garantir a existência dessa relação.
Agora que a sucessão de factos é suspeita, é...
Em face disto tudo, cada vez dou maior importância aos argumentos dos que defendem que os directores da PJ deveriam ser nomeados pela PGR e que a dependência da PJ para com o MP deveria ser, não apenas processual, mas também orgânica. E aos que afirmam que isso poderia constituir uma perigosa concentração de poderes no MP apenas digo: reforcem-se os mecanismos de controlo democrático do MP.
Nicodemos
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