À aproximação do meu dia, dedico este sermão ao Venerável Manuel da Grande Loja do Queijo Limiano:
Diz-se que um lobo, ao ver a lua num poço, julgou tratar-se de um queijo. Por conselho da raposa, desceu ao poço e nada encontrou, e ali ficou com tristeza. Ao encontrarem-se ali uns rurais, mataram-no à pedrada. Assim, um religioso vê no poço da vaidade mundana a lua a caminhar na sua claridade; acreditou o estulto no conselho da raposa, figura da concupiscência carnal, que o bem transitório e mutável é verdadeiro e duradouro. Enganado, desce de Jerusalém para Jericó, da altura da contemplação para o poço da cobiça; e assim cai nas mãos dos ladrões, que o despojam e enchem de feridas, e se retiram, abandonando-o semivivo.
Sermões de Santo António
(13º Domingo depois do Pentecostes, II, 45)
2 comentários:
Cui peccare licet peccat minus...
Do livro do "Génesis"
"Depois Jacob disse:
Encher-te-ei de benefícios e farei que a tua posteridade seja como a areia do mar, cujo número é incalculável"
Vers.13
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