Da GLQL, com a devida chapelada:
Este político envergonhado,lembrou-se agora que estamos “acediados” pela anomia!
Depois de anos e anos, a assistir ao derrame do prestígio que a política ainda contém, ensacando o crude viscoso com colheres de sobremesa nas intervenções na TSF, ocorreu-lhe, abruptamente, clamar pela hora da virtude e denunciar a obscenidade do espectáculo do mal!
E que mal será este que não é nomeado?
A gente interroga-se e finca-se numa ideia: o que transparece da governação e dos caminhos que aí levam.
Já se recupera Sá Carneiro, e os ensinamentos apócrifos, para levantar a ideia de Portugal, acima do partido e até da democracia. E ainda bem. Mas sabe a rebate de última hora, depois das corridas e viagens. E desta vez corre o risco de perder o combóio, pois está longe e anunciou retiro na sinecura.
Pode dizer-se que mais vale tarde do que nunca; porém, a escrita na água de JPP deixa entrever o fundo lodoso de um pântano nunca drenado.
Quando Guterres saiu, escreveu-se que fugia de um pântano, porque assim caracterizara a cena política em que então se via protagonista. Na verdade, nem se sabe a que pântano se referia e por isso se especulou durante estes anos. Se ele ao menos tivesse nomeado o pântano...ficaríamos a saber melhor as coordenadas das águas pestilentas e a proximidade de areias movediças. Mas não disse. Recolheu a Penates e por lá ficou a remoer os meses, sem tugir ou mugir.
Com estes governantes, um novo estilo se anunciou: neste Portugal de marinheiros, começaram por denunciar os anteriores contra-mestres da barcaça, como incompetentes e esbanjadores e ao navegarem à vista, esquecerem os grandes rumos.
Para se abastecerem de víveres para nova corrida, nova viagem, e evitar o pântano, cortaram na soldada dos marujos e grumetes, aumentando porém a dos intendentes, com promessas aos oficiais. O resultado está à vista: desmoralização do pessoal que puxa o barco. E piratas à vista!
Se ainda, ao menos, os actuais contra-mestres tivessem bússola ou sextante afinado, e mostrassem o rumo certo, talvez pudessem navegar à bolina. Assim, olham para a bola! Ora bolas!
Publicado por josé às 12:20 PM
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