«... não nas estrelas, mas aqui, qual o objectivo cirúgico da divulgação das gravações extraviadas de Octávio Lopes desde o primeiríssimo minuto - tentar encostar Souto Moura e tentar fazer implodir o Processo Casa Pia. Às prestações, que nestas coisas convém juntar o útil ao agradável e vender algum papel, O Independente desta semana publica extractos selecionados de conversas entre Adelino Salvado e Octávio Lopes e deste último com Sara Pina, assessora de imprensa da PGR.
Como acepipe, temos um editorial de Inês Serra Lopes, o qual, verdade seja dita, dá uma nova visão de quão grande pode ser a hipocrisia humana. Inês Serra Lopes contextualiza e relativiza as gravações pondo as coisas não no seu lugar mas no lugar em que convem aos seus que elas estejam. Sobre Salvado o director da PJ inteligente (!) e compreensivo (?), pedagógico até (!!) só palavras amáveis, compreensão até. O bombo da festa é - sem surpresa - Sara Pina, a infeliz assessora da PGR. (...)
(...) Aliás se há coisa de que se pode acusar Sara Pina é de sempre ter tido um défice de informação detalhada milimetricamente pois, e quanto muito, a informação que dá pode ser classificada como vaga e imprecisa, e não, daí não se infere qualquer campanha de intoxicação ao Correio da Manhã - aliás ouvida a música toda se há um intoxicador inequívoco esse é Octávio Lopes - o que curiosamente só prova que nem dentro da PGR havia partilha de informação privilegiada, logo impossibilitando à cabeça qualquer violação do segredo.
Querer - validados os duetos imprevistos, por via de Adelino Salvado, acertar em Souto Moura imolando Sara Pina é apenas mais uma refinada pulhice. Uma entre as muitas que vêm sendo praticadas.
Ouvidos os 121 ficheiros mp3 que andam por aí de mão em mão a conclusão que fica é ironicamente a inversa da que se quer passar. Não havia grande concertação entre as diferentes partes da acusação, não havia grande sincronismo, não há qualquer cabala.(...).
Mas o caso das cassetes prova também uma outra coisa, de que por aqui já se dissertou e muito, prova que cada vez mais ser justo ou pecador é uma questão de percepção, uma questão de sensibilidades. Da mesma forma que a enxurrada de pressões que do PS chegaram ao Bastonário da OA, a Sampaio e a tantos outros e - essas sim, era inequivocamente sincronizada, foi descrita axiomaticamente como uma mega sucessão inócua de trocas de impressões, também axiomaticamente Sara Pina violou o segredo de justiça.
Muito pouca gente se vai dar à pachorra de ouvir 2.8GB de mp3s, e quando alguém um dia resolver limpar a folha de Sara Pina que interessará isso se agora o que interessa é manchar Souto Moura?Em tempo de guerra a Verdade é sempre a primeira vítima, e se há algo de que podem ser acusados Sara Pina e Souto Moura é tão somente de serem excessivamente crentes e de jogarem excessivamente by the book. (...)
Afinal as crianças nem eram verdadeiramente crianças, muito menos vítimas, Souto Moura e Sara Pina é que deviam estar presos e Adelino Salvado é - pasme-se - um pedagogo... (...) »
Como acepipe, temos um editorial de Inês Serra Lopes, o qual, verdade seja dita, dá uma nova visão de quão grande pode ser a hipocrisia humana. Inês Serra Lopes contextualiza e relativiza as gravações pondo as coisas não no seu lugar mas no lugar em que convem aos seus que elas estejam. Sobre Salvado o director da PJ inteligente (!) e compreensivo (?), pedagógico até (!!) só palavras amáveis, compreensão até. O bombo da festa é - sem surpresa - Sara Pina, a infeliz assessora da PGR. (...)
(...) Aliás se há coisa de que se pode acusar Sara Pina é de sempre ter tido um défice de informação detalhada milimetricamente pois, e quanto muito, a informação que dá pode ser classificada como vaga e imprecisa, e não, daí não se infere qualquer campanha de intoxicação ao Correio da Manhã - aliás ouvida a música toda se há um intoxicador inequívoco esse é Octávio Lopes - o que curiosamente só prova que nem dentro da PGR havia partilha de informação privilegiada, logo impossibilitando à cabeça qualquer violação do segredo.
Querer - validados os duetos imprevistos, por via de Adelino Salvado, acertar em Souto Moura imolando Sara Pina é apenas mais uma refinada pulhice. Uma entre as muitas que vêm sendo praticadas.
Ouvidos os 121 ficheiros mp3 que andam por aí de mão em mão a conclusão que fica é ironicamente a inversa da que se quer passar. Não havia grande concertação entre as diferentes partes da acusação, não havia grande sincronismo, não há qualquer cabala.(...).
Mas o caso das cassetes prova também uma outra coisa, de que por aqui já se dissertou e muito, prova que cada vez mais ser justo ou pecador é uma questão de percepção, uma questão de sensibilidades. Da mesma forma que a enxurrada de pressões que do PS chegaram ao Bastonário da OA, a Sampaio e a tantos outros e - essas sim, era inequivocamente sincronizada, foi descrita axiomaticamente como uma mega sucessão inócua de trocas de impressões, também axiomaticamente Sara Pina violou o segredo de justiça.
Muito pouca gente se vai dar à pachorra de ouvir 2.8GB de mp3s, e quando alguém um dia resolver limpar a folha de Sara Pina que interessará isso se agora o que interessa é manchar Souto Moura?Em tempo de guerra a Verdade é sempre a primeira vítima, e se há algo de que podem ser acusados Sara Pina e Souto Moura é tão somente de serem excessivamente crentes e de jogarem excessivamente by the book. (...)
Afinal as crianças nem eram verdadeiramente crianças, muito menos vítimas, Souto Moura e Sara Pina é que deviam estar presos e Adelino Salvado é - pasme-se - um pedagogo... (...) »
1 comentário:
Penso que quem erra deve assumir os seus erros. É erro violar o segredo de justiça? Se o MP acha que sim entao nao o pode fazer. Nenhum erro desculpabiliza outro. Sendo assim só tem uma soluçao. A demissao. Nao se pode confiar num MP que nao cumpre a lei. Nao tem defesa. Nem a defesa de que as cassetes foram roubadas, ou que x quer que Souto Moura caia, se ele tem a razao para ele cair?
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