03 agosto 2004

Milhafre

Vejo-te no longe, na noite
escura,
mesmo sabendo que não
existes,
delírio de amor, talvez
loucura,
a morte lenta de uns olhos
tristes.
Quero morrer agora, nascer
depois,
frio como um carro de
combate,
onde não há lugar para
dois,
num coração de
milhafre.

Anónimo, séc. XXI

2 comentários:

Silvia Chueire disse...

Um anônimo desiludido, este que lhe entregou este poema, Sr.Carteiro.Imagino os olhos fundos com o brilho da mágoa , as costas abatidas do cansaço, a barba por fazer. Ele era assim ? : )
Ah sim, e obrigada.

Silvia Chueire disse...

Ainda bem. :)