12 agosto 2004

Nem de propósito...

Depois de ter colocado o último postal, passei pelo JN on line, onde se diz que a escolha de Santos Cabral para director da PJ é "uma piscadela de olhos ao PS". Pois, deve ser. A novidade, é que a escolha parece ter sido "determinada" por Fernando Negrão. Os especialistas que se pronunciem...

5 comentários:

Kamikaze (L.P.) disse...

O CSM vetou a nomeação de Santos Cabral, "de birra" pela demissão de Negrão. Quem demitiu e quem pretendia designar era Vera Jardim. Não parece fazer, assim, sentido que Santos Cabral seja indicação de Negrão. Mas isto penso eu, que desconheço os meandros estratégicos e tácticos dos Príncipes.

Kamikaze (L.P.) disse...

Li o JN, mas isso só por si não me convence... Veja o DN - António Martins sim, seria claramente uma escolha de Negrão:
"O Governo está com dificuldades na escolha de um novo director nacional da Polícia Judiciária (PJ). Neste processo, o primeiro-ministro está a ser apoiado pelo ministro da Segurança Social, Família e Criança, Fernando Negrão, que tem sido um dos seus principais conselheiros, apurou o DN. Daí que uma das hipóteses mais veiculadas seja o nome de António Martins, juiz que esteve à frente da Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes, na época em que Fernando Negrão era director da Judiciária. Ontem, Santana Lopes, se m nenhum nome na manga, apenas avançou com uma proposta de pacto de regime para as questões da justiça.

O facto de Fernando Negrão ser juiz em Lisboa e conhecer as sensibilidades internas na PJ, uma vez que já foi director nacional, faz com que este ministro seja o elemento do Governo mais escutado pelo primeiro-ministro neste processo de sucessão de Adelino Salvado. Ontem, Santana Lopes não avançou qualquer justificação oficial para a demissão do então director nacional da PJ.

Sendo assim, o nome de António Martins ganha credibilidade nalguns sectores. O magistrado demitiu-se em solidariedade para com Fernando Negrão, quando Cunha Rodrigues, o ex-procurador-geral da República, levou o Governo da altura a demiti-lo na sequência do «caso Moderna».

Kamikaze (L.P.) disse...

No DN:"Santos Cabral é um magistrado que nas últimas eleições para o Conselho Superior da Magistratura (CSM) se posicionou na lista contrária à vencedora, apoiada pelo então vice-presidente Noronha de Nascimento, alguém que «considera os advogados como inimigos», tal como disse ao DN José Miguel Júdice, frisando que o agora novo director da PJ «é contrário a tais posturas sindicais».

A admiração de Santos Cabral pelo bastonário, que estudou direito em Coimbra, é recíproca. Tal foi notado quando, enquanto membro do Rotary Club de Coimbra Olivais, propôs José Miguel Júdice para rotário honorário.

«Santos Cabral sabe que a Justiça é o resultado do trabalho de todos os operadores judiciários e conhece bem o terreno», disse ao DN o bastonário, lançando o apelo para que o deixem «exercer tranquilamente as suas funções». É que «pela boca morre o peixe», sublinhou, recordando as causas da demissão de Adelino Salvado.

O ministro da Justiça, José Pedro Aguiar-Branco, que foi presidente do conselho distrital da OA do Porto, não foi indiferente a esta quase unanimidade de apoio ao novo responsável pela PJ por parte dos profissionais da advocacia. Tanto mais que se trata de um nome que o PS já havia proposto para o mesmo cargo, quando Vera Jardim era ministro da Justiça. Somente o veto do CSM - que autoriza a comissão de serviço - inviabilizou a nomeação, há cinco anos.

O presidente do sindicato dos magistrados do Ministério Público aplaudiu também esta nomeação, garantindo que está disposto a colaborar e a cooperar com o novo director da PJ. «É um juiz muito considerado nos meios forenses, sempre muito interessado em promover o debate de ideias entre todos os operadores», disse Luís Felgueiras ao DN.


O panorama levou a que outros sectores, mesmo de dentro do Governo, fossem perdendo influência na escolha do sucessor de Adelino Salvado. Pelo caminho terão ficado vários nomes, nomeadamente o do juiz António Martins, que chegou a ser ventilado como opção indicada pelo juiz Fernando Negrão, ministro da Segurança Social, da Família e da Criança.

Kamikaze (L.P.) disse...

Empecilho... (à atenção, também, do Venerável Manuel).

Kamikaze (L.P.) disse...

Tem toda a razão... nada como ter um Carteiro com estudos! Obrigada, eh eh eh