Nunca gostei de meias-tintas. Nem de posições supostamente importantes, lançadas através de anonimatos e de entrelinhas. Nem de coisas que ficam pelo caminho. Nem de gente que diz Ah, se eu quisesse dizer, há tantas coisas que eu sei. Quem tem coisas para dizer, que as diga... Se apenas sugerem, capciosamente, que se calem. E em vez de fazerem "caixinhas", talvez devessem seguir o exemplo de PN, que diz, mesmo quando pode prejudicar-se, e mesmo quando, eventualmente, não tem razão, o que é raro.
Prefiro os meus exageros, mesmo quando escrevo coisas que a ninguém interessam. Mas sou eu. Livre! Quantas pessoas livres há neste País?
(isto vinha a propósito de um comentário a um post sobre uma questão da PJ)
07 setembro 2004
Meias tintas
Marcadores: carteiro (Coutinho Ribeiro)
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3 comentários:
Pois é, temos um longo percurso a fazer...Todos nós. Uns mais do que outros, fiz-me entender?É que toda a gente lê isto e não vá o "diabo tecê-las".
Pois é, Tânia, compreendo o dilema.
Quanto à "bondade" do despacho de Ricardo Cardoso, cujos termos desconheço, não me pronuncio, embora possa presumir que o seu objectivo foi evitar males maiores - essa de se houver quem prevarique e publique os nomes das vítimas os triunais que actuem não evita os danos decorrentes da publicação, pois não?. Posso ainda admitir, em tese, que Ricardo Cardoso tenha ido longe demais.
Em todo o caso, estranho que ninguém refira que o mesmo Ricardo Cardoso, para além da decisão em referência, também decidiu insistir com o CSM para colocação de assessor de imprensa na Boa-Hora, afecto ao processo em causa.
Curiosamente, nenhum dos comentários deste post tem a ver com a questaão que nele foi suscitada...Mais curiosamente ainda, um dos comentários é de um anónimo que faz precisamente aquilo que no post se critica.
Mas esta polémica à volta dos anónimos com ou sem nick, faz-me muita confusão (apesar de já ter lido muito que se escreveu em paragens próximas sobre o assunto): em tempos Alberto Pinto Nogueira, que por vezes também escrevia anonimamente e, nos comentários, usava até diversos nicks, insurgiu-se contra o uso de nikcs por outros; o Carteiro parece-me estar em situaação semelhante, no essencial.
Apesar de eu e alguns mais contributors e comentadores, saberem a sua identidade, é de presumir que a mesma é desconhecida do infinito universo potencial de leitores do Incursões. Ou seja: será assim tão diferente escrever sob o pseudónimo Carteiro, ou Kamikaze, ou escrever como anónimo sem nick (para além da diferença que obviamente faz para os habitués de um dado blog)?
Ou será que a diferença está na possibilidade/impossibilidade de se identificar o IP do comentador? Se assim for, já percebo a relevância da questão, mas resta ainda uma pergunta: se o comentador anónimo, com ou sem nick, utilizar, por exemplo, um cyber café para enviar escritos difamatórios, quid juris?
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