30 novembro 2004

Venham mais cinco...

Apetece-me, mas não consigo dormir. E devia. Amanhã, é o último dia do prazo para contestar uma acusação-crime e um pedido cível. Tribunal de Chaves. Ofendido, um advogado. Ofensor, um jornalista. Sou advogado do jornalista. Vou acordar tarde - como terá de ser - e vou ter que contestar e arrolar como testemunha um Senhor Conselheiro que, mais ou menos displicentemente, vagueia por aqui e é um grande senhor do direito. É o 18º processo em que sou advogado do mesmo jornalista. E ele merece. Ah, se não merecesse...
Amanhã...
Amanhã, ao fim do dia, talvez vá para Lisboa, porque tenho de estar num julgamento na Boa-Hora, às 13.30 h de quinta-feira, e aproveito para ver quem não vejo há muito tempo, pessoas de quem gosto muito.
O arguido é o mesmo jornalista. Os ofendidos são três procuradores, da mesma banda. Denúncia caluniosa, dizem eles. Coisa estranha, digo eu.
Vai ser complicado. O senhor juiz presidente já notificou que não haverá vídeo-conferência para as testemunhas, por uma questão de logística. Coisa estranha, digo eu. As testemunhas - excepto o Conselheiro ex-Procurador-Geral, que depôs por escrito - são todas do Norte.
Ah, só mais uma coisa: esta é a terceira vez que o julgamento esteve para começar... E não começou. Juro que não tenho culpa... Neste caso...

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