11 dezembro 2004

“Ao papel higiénico, instrumento de liberdade”

Há trinta e dois anos atrás, o boliviano Reynaldo Peters, quando a ditadura de Hugo Bánzer o tinha encarcerado por militar no Movimento Nacional Revolucionário, escreveu num pedaço de papel higiénico, em letra liliputiana, o seu pedido de habeas corpus, que conseguiu fazer passar para o exterior da prisão misturado na roupa suja entregue à mulher.

Ontem, o advogado e ministro por três vezes Reynaldo Peters, que guarda ainda o papel como um tesouro, recebeu o prémio Direitos Humanos do Conselho Geral da Advocacia Espanhola.
Já havia recebido idêntico prémio da Associação Internacional de Advogados, que classificou aquele pedaço de papel como “monumento jurídico”, com esta dedicatória: “Ao papel higiénico, instrumento de liberdade”.

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