11 dezembro 2004

A propósito do texto de Anaximandro

Poema de um livro destruído

Como é estranha a minha liberdade
As coisas deixam-me passar
Abrem alas de vazio para que eu passe
Como é estranho viver sem alimento
Sem que nada em nós precise ou gaste
Como é estranho não saber


Sophia de Mello Breyner

2 comentários:

Kamikaze (L.P.) disse...

Amigo Anaximandro, um escrito teu despido da tua ironia-imagem de marca! Gosto, gosto mesmo muito... (sem desprimor para a imagem de marca, entenda-se...). E eu, que te conheço há tanto tempo, só te ouvi falar (sim, falar) assim uma ou outra rara vez em que te conseguiram irritar (não é fácil, mesmo nada fácil, eu sei: até para dar a volta às provocações a ironia é uma boa "safa"...)

Ao compadre Esteves, aquele abraço.

Primo de Amarante disse...

Outro para si e muito obrigado por se lembrar deste compadre Esteves.