Viva o 31 de Janeiro!
A efeméride deve-nos levar a reflectir com olhos do presente o significado patriótico e cívico desta data.
Somos herdeiros dum património de luta pelos valores da nossa dignidade colectiva que a revolta militar do Porto, em 31 de Janeiro de 1891, significou.
A história não se repete, mas os valores que dignificam uma Nação e fazem a sua identidade são perenes.
O sobressalto cívico que, então, despertou Sargentos, Oficiais e Intelectuais, não teve a sua origem apenas no humilhante e vexatório "Ultimato de Inglaterra".
O sobressalto cívico dos patriotas do 31 de Janeiro deveu-se, sobretudo, ao divórcio entre o Estado e a Nação.
A Coroa e o Governo, mostrando-se arrogantemente indiferentes à denúncia insistente da corrupção do aparelho político e burocrático da administração monárquica, enfraqueceram a capacidade do Estado para responder ao Ultimato e abriram as portas à revolta da Nação.
Os heróis do 31 de Janeiro não ficaram no apregoar as vantagens das convicções patrióticas (como faz a impostura política), mas assumiram na acção as responsabilidades das suas convicções. Para eles, a ética política era uma ética da responsabilidade e só a proclamação da República poderia restabelecer a dignidade da Nação, instaurando um regime democrático.
Na verdade, só a democracia pode ligar o Estado à Nação. Mas, para que isso aconteça é preciso denunciar o logro do formalismo democrático e clamar contra a crescente partidarização das grandes questões de interesse nacional.
Nenhum poder político pode produzir e fazer aceitar acriticamente os seus próprios padrões de referência, os seus modelos de progresso económico e social.
A democracia não se conjuga na primeira pessoa, porque implica projectos de transformação social, partilha de pontos de vista na procura das melhores soluções e saber ouvir as preocupações dos cidadãos.
Não há democracia sem cidadania e ser cidadão é partilhar exigências de justiça e aspirar a desempenhar com outros cidadãos um papel relevante na construção de um país melhor.
As sociedades democráticas devem assentar no reconhecimento do direito/dever de cada cidadão se ver reflectido no progresso social e político da sua Pátria.
Uma democracia que apenas visa o crescimento económico e não sabe ouvir o apelo moral dos excluídos, dos desempregados, dos que sofrem por lhes faltar o pão, a habitação e a saúde é uma democracia que se nega a si própria.
Não há democracia, onde se geram estados de insensibilidade em relação à justiça, à cultura e à solidariedade social. Todo o "sucesso" que não procura o menor grau de sofrimento ou não o distribui de forma equitativa é um falso sucesso.
Quando os governos se divorciam dos cidadãos e a corrupção, a mentira e a injustiça rompem a solidariedade entre o Estado e a Nação, a revolta torna-se num imperativo ético e patriótico.
Somos herdeiros dum património de luta pelos valores da nossa dignidade colectiva que a revolta militar do Porto, em 31 de Janeiro de 1891, significou.
A história não se repete, mas os valores que dignificam uma Nação e fazem a sua identidade são perenes.
O sobressalto cívico que, então, despertou Sargentos, Oficiais e Intelectuais, não teve a sua origem apenas no humilhante e vexatório "Ultimato de Inglaterra".
O sobressalto cívico dos patriotas do 31 de Janeiro deveu-se, sobretudo, ao divórcio entre o Estado e a Nação.
A Coroa e o Governo, mostrando-se arrogantemente indiferentes à denúncia insistente da corrupção do aparelho político e burocrático da administração monárquica, enfraqueceram a capacidade do Estado para responder ao Ultimato e abriram as portas à revolta da Nação.
Os heróis do 31 de Janeiro não ficaram no apregoar as vantagens das convicções patrióticas (como faz a impostura política), mas assumiram na acção as responsabilidades das suas convicções. Para eles, a ética política era uma ética da responsabilidade e só a proclamação da República poderia restabelecer a dignidade da Nação, instaurando um regime democrático.
Na verdade, só a democracia pode ligar o Estado à Nação. Mas, para que isso aconteça é preciso denunciar o logro do formalismo democrático e clamar contra a crescente partidarização das grandes questões de interesse nacional.
Nenhum poder político pode produzir e fazer aceitar acriticamente os seus próprios padrões de referência, os seus modelos de progresso económico e social.
A democracia não se conjuga na primeira pessoa, porque implica projectos de transformação social, partilha de pontos de vista na procura das melhores soluções e saber ouvir as preocupações dos cidadãos.
Não há democracia sem cidadania e ser cidadão é partilhar exigências de justiça e aspirar a desempenhar com outros cidadãos um papel relevante na construção de um país melhor.
As sociedades democráticas devem assentar no reconhecimento do direito/dever de cada cidadão se ver reflectido no progresso social e político da sua Pátria.
Uma democracia que apenas visa o crescimento económico e não sabe ouvir o apelo moral dos excluídos, dos desempregados, dos que sofrem por lhes faltar o pão, a habitação e a saúde é uma democracia que se nega a si própria.
Não há democracia, onde se geram estados de insensibilidade em relação à justiça, à cultura e à solidariedade social. Todo o "sucesso" que não procura o menor grau de sofrimento ou não o distribui de forma equitativa é um falso sucesso.
Quando os governos se divorciam dos cidadãos e a corrupção, a mentira e a injustiça rompem a solidariedade entre o Estado e a Nação, a revolta torna-se num imperativo ético e patriótico.
Foi isto que aconteceu no 31 de Janeiro.
Viva a República!
Viva a Democracia!
Viva o 31 de Janeiro!
Viva a República!
Viva a Democracia!
Viva o 31 de Janeiro!
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