20 janeiro 2005

Boatos

Ver aqui um artigo n’ “A Capital” de hoje que aflora aquilo que muitos de nós já constatámos em inúmeras mensagens que nos chegam pela internet: a propagação de boatos sobre as preferências sexuais de determinados protagonistas políticos.
Diz o cronista que correm rumores de que o pior está para vir. Será que vamos copiar o que outros países fizeram, lançando a insinuação rasteira para a praça pública? Atirando a pedra, mas escondendo a mão?
As campanhas eleitorais servem para debater ideias e apresentar soluções para os problemas do país, nunca para esgrimir boatos sobre práticas e costumes privados.

3 comentários:

Kamikaze (L.P.) disse...

Recebi muito recentemente um desses emails. mandei-o imediatamente para o lixo. O que me espanta já nem é que esses mails sejam criados (há muita gente que naão presta), mas que os meus amigos, que acho que prestam, os reenviem!
Quanto aos debates sobre os problemas do país: parece que quanto mais opinion makers e "senadores" insistem nessa necessidade mais o "tempo de antena" os candidatos é ocupado por fait divers. Mas com PSL à cabeça do PSD que esperar? Veja-se o episódio de Nuno cardoso (muito grave!) e o de hoje, tema de abertura em todos da manhã da TSF : Sócrates nomeou, afinal não nomeou, mas sim nomeou só que houve engano no nome...enfim, ainda haverá esperança que "a coisa" melhore? Eu sou optimistaa, já aqui o tenho dito e redito...

Kamikaze (L.P.) disse...

Peço desculpas pela omissão de palavras e gralhas no anterior comentário. Espero que ainda assim dê para perceber.

josé disse...

É verdade, Kamikaze. Espanta-me também a importância que se dá a declarações "não sérias".
A boataria acerca disto ou daquilo ou ainda o conteúdo de certas notícias, em blogs ou em jornais, deveria encontrar sempre, o espírito crítico primário e seminal que manda perguntar: e se isto não for verdadeiro?

Esta metodologia do conhecimento da realidade ( espero que o compadre não leia...) deveria acompanhar toda a pessoa que se confronta com um boato ou com uma afirmação acerca de outrém.
Tendemos algumas vezes a acreditar cegamente naquilo que nos dizem de A ou B e nem sequer colocamos a duvidazinha metódica e mandatória sempre que se trata de algo mesquinho e atentatório da honra presumida a cada um, incluindo aqui a capacidade, a competência e a sabedoria...( do you know what i mean?!).
Há uma classe privilegiada neste vício do comportamento: inspectores! Modo mais corrente de infecção: emprenhar pelos ouvidos!

Assim, emn relação a boatos, nada melhor do que esse método radical: lixo! O real ou o do olvido. Ou então fazer de conta que não se leu ou ouviu. Deste modo, as vítimas ficam protegidas e livramo-nos ainda de o sermos nós próprios, neste caso pelo logro.