20 janeiro 2005

Ensaio (modesto) sobre a inveja

Confesso que não li, na íntegra, a entrevista de José Gil sobre a inveja. Confesso, também, que já senti inveja. Foi há muito tempo, em 1987, na minha primeira incursão a Monte Carlo, desgraçadamente, no dia da Festa da Cruz Vermelha, dia grande no Principado, estava eu em viagem de núpcias. Fiat Uno. Mal vestido. Barba crescida. Eu via passar as estrelas, os grandes carros. E eu - e a desposada - no Fiat Uno, mal vestidos.
Desde aí, não voltei a ter inveja de mais ninguém. Nem de nada. De ninguém e de nada que tenham mais do que eu - coisas materiais. Mas continuo a ser um invejoso: dos que amam e são amados. Dos que chegam a casa e têm uma casa. E uma tribo. E que têm coisas para fazer pela tribo... Pois, essas coisas todas...

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