20 janeiro 2005

Outras pré-campanhas

Em pré campanha eleitoral para Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público anda, pelo menos desde o encontro na Madeira, em Outubro, o Procurador geral-adjunto António Cluny, que os tempos não estão para amadorismos nem para que se deixem os créditos em mãos alheias.
O seu curriculum como militante sindical empenhado e actuante é bem conhecido da classe, ainda que o DN o resuma da seguinte forma: "(...) Até agora, só há uma lista, a encabeçada por António Cluny. Caso seja esta a ganhar as eleições, será a quinta vez que Cluny presidirá aos destinos daquela organização sindical."

As propostas e ideias que vem veiculando, mormente na imprensa (já há algum tempo se vem notando a diferença que faz ter uma assessoria para a comunicação social...) não são novas: já enformavam todo o programa dos actuais corpos dirigentes do SMMP (dos quais A. Cluny faz parte, como Presidente do C. Fiscal), têm vindo a ser, até, defendidas em muitos posts e comentários na blogoesfera - quer nos
Cordoeiros, quer no Incursões e mesmo no direitos - e, curiosamente ou não, foram também assumidas pela lista NÃO apoiada pela direcção do SSMP às eleições para o CSMP de 7 de Janeiro.

O lema de capanha da actual direcção do SMMP foi "Retomar a Palavra". Dir-se-ia que, agora, importa passar "da palavra aos Actos".

Excertos da entrevista dada por A. Cluny ao
DN, a 17 de Janeiro:

"O MP necessita de reformular a sua organização interna com vista à defesa efectiva dos direitos dos cidadãos e da legalidade dos dinheiros públicos. O próprio MP - que tem autonomia organizativa - tem de pensar e repensar a forma de intervir na sociedade, sob pena de não exercer as suas funções, com prejuízo para os cidadãos.
É fundamental que o MP crie grupos de trabalho especializados para apoiar os magistrados em todo o País, quer na área do processo penal - criminalidade organizada, corrupção etc. - assim como na área de defesa de interesses colectivos difusos. Hoje não é possível fazer uma boa investigação na área da corrupção sem ter em conta as vertentes que têm a ver com o ordenamento do território, com o trabalho das autarquias, com a construção civil, concursos públicos etc.
O problema é que o trabalho não é orientado na perspectiva de definição de objectivos, de produção de melhores resultados utilizando técnicas inovadoras. Ninguém, neste momento, está encarregado de preparar, estudar e desenvolver. O MP, a nível superior, está subaproveitado nas funções que desempenha em diversas áreas, as quais poderiam ser muitíssimo mais dinamizadas. Há lugares que só formalmente existem. "
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Outra entrevista da pré-campanha (9/12): ler
aqui.
Aqui pode reler outra entrevista, dada há cerca de um ano.

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