Falo da experiência cruel de não abrir as mãos.
Não estendê-las ao próximo,
a ti mesmo.
Da tirania do nosso desejo de superar a morte.
Como se morrer tivesse outro significado
e o medo encimasse tudo.
Friccionar os órgãos genitais na inconsciência deles,
despe o ato de significado?
É como dizer que porque não sabemos a morte,
ela não existe.
Silvia Chueire
23 janeiro 2005
A modo de discussão
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2 comentários:
Ah, o que são os poemas depois que os escrevemos, não?
Este não era um poema zangado, foi escrito como uma espécie de resposta a um outro poema de um amigo que falava sobre a morte (se tiver curiosidade de vê-lo eu o envio).É um poema racional, digamos.
Mas, vc terá razão.O poema toma seu próprio rumo e não se explica um poema. É que às vezes a circunstância da criação pode ser interessante.
Agradeço o poema sonhador ao qual vc me direcionou, e à bela voz da soprano.
Abraços,
Silvia
O último era um a sem crase, eu a apaguei mas ela ficou mesmo assim, vicissitudes do Blogger. : )
Silvia
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