21 janeiro 2005

Várias questões

Hoje não consegui comentar nem colocar postais. Só agora pude entrar. Coloco um post com comentários.

Primeira questão:
a reacção de Nuno Cardoso, ex-presidente-da-Câmara-do-Porto-obcecado-em-voltar-a-ser-Presidente-da-Câmara-do-Porto, é a todos os títulos lamentável. Lamentável mesmo que Cardoso seja absolutamente inocente das suspeitas de que é alvo. O que vem demonstrar que as obsessões nunca dão bom resultado.

Segunda questão:
conheço José Pedro Aguiar-Branco há muitos anos. Não somos amigos. Mas, daquilo que conheço dele, acho absolutamente improvável que se lhe possa apontar as interferências que Nuno Cardoso lhe imputou, a propósito do seu envolvimento num processo judicial. Nuno Cardoso, que também conheço há muitos anos, do tempo em que era um simpático assessor de Fernando Gomes e eu estava nos jornais, veio demonstrar aquilo que eu escrevi quando sucedeu a Fernando Gomes: não tem perfil para ser presidente da segunda maior Câmara do país.

Terceira questão:
longe de mim pensar que quer o o Ministério Público quer a Polícia Judiciária tenham agido no caso Nuno Cardoso neste momento, por uma questão de conveniência política. Seria demasiado grave para ser verdade. Daí que não comungue da posições assumidas neste blogue no sentido de que MP e PJ deveriam esclarecer que a constituição de arguido de Nuno Cardoso neste momento não obedeceu a critérios políticos. Se bem pensarmos, nunca é boa hora para para ser constituído arguido...

Quarta questão:
no mesmo dia em que estourou o caso Nuno Cardoso, de Leiria chegam notícias de que também a presidente da Câmara do Liz - figura destacada do PSD - foi constituída arguida no caso Apito Dourado. Curiosamente, aqui ninguém se lembrou de equacionar a oportunidade política da actuação da justiça. E, no entanto, as situações são similares...

Quinta questão:
Em postais abaixo, fala-se num surto de boataria que ameaça colorir a campanha eleitoral. Não sei que boatos são esses. Nem quero saber. Os boatos sempre foram uma coisa desinteressante. Mas é lamentável que a democracia vá por aí.

Sexta questão:
Não conheço a Madeira, mas sei o que penso de Alberto João Jardim. Penso mal.


2 comentários:

Kamikaze (L.P.) disse...

Bem visto o quarto ponto...

jcp (José Carlos Pereira) disse...

O problema é que as pessoas que olham com desconfiança para a justiça ficam a pensar se esta coincidência - constituição quase simultânea como arguidos de Nuno Cardoso e Isabel Damasceno, dirigentes do PS e do PSD respectivamente, em processos ligados ao futebol - é mesmo só uma coincidência. Ou se é uma tentativa de "dividir o mal pelas aldeias". Não quero crer nessa hipótese, mas...