Nasci para semear Poesia
sobre a raça dos homens nascidos tristes.
Nada desejo deste mundo aflito e louco
senão repartir a noite e o dia
com aqueles que ainda vivem
na sombra dos primitivos mundos.
Nasci para semear poesia
sobre a raça dos homens nascidos tristes.
As sementes já lancei à terra, ao mar e ao céu,
e quando flores cobrirem a terra, o mar e o céu,
eu poderei morrer mais uma vez.
Neste momento somos homens
vivendo perfeitamente mortos, perfeitamente inúteis.
Deolindo Tavares. In: A Nova Poesia Brasileira
24 fevereiro 2005
Nasci para semear poesia…
Marcadores: Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM)
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2 comentários:
À atenção de L.C.: o item Poesia do índice temático do Incursões precisa de voluntários para a sua actualização...L.P não dá conta do recado :(
Um bom poema, compadre de um autor que eu não conhecia. Gostei de lê-lo.
Obrigada,
Abraços,
Silvia
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