25 fevereiro 2005

Para onde vai o PSD?

Ontem voei para Lisboa no mesmo avião que Luís Filipe Menezes. O autarca-deputado ia a caminho da sua apresentação como candidato à liderança do PSD. Apeteceu-me dizer-lhe para se manter no avião e regressar de volta ao Porto. Perde-se um autarca com obra e ganha-se, pela certa, apenas meia dúzia de lágrimas!
Ou muito me engano ou vai aparecer uma terceira via na corrida interna do PSD. Uma alternativa com mais espessura, com maior ligação à sociedade do que ao aparelho, capaz de contornar o modelo populista de Menezes e o discurso ligeiro de Marques Mendes. O PSD precisa de abrir a porta de saída para todos os Marcos Antónios que por lá pululam e que têm um peso inacreditável na gestão do (agora) maior partido da oposição.
É que, como bem lembrava um destes dias Augusto Santos Silva na RTPN, a maioria absoluta do PS vai precisar de uma oposição forte, credível e de grande qualidade para dar garantias de fiscalização activa e de equilíbrio ao nosso regime político. Para isso, é fundamental o papel do PSD.

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