Um editorial verde-rubro

O editorial da última edição do “Expresso” é uma peça exemplar de péssimo jornalismo. Intitulado “Os efeitos do apito dourado”, defende a seguinte tese: até ao início da operação “apito dourado”, os árbitros achavam que tinham que beneficiar o FC Porto, uma vez que não podiam desagradar a Pinto da Costa, supostamente a pessoa mais influente do futebol português. Agora, de um momento para o outro, os mesmos árbitros têm que se distanciar de Pinto da Costa e do FC Porto, prejudicando-os para não serem suspeitos de qualquer ligação menos própria. Segundo o jornal, este será o grande triunfo da operação “apito dourado”.
Tem este editorial alguma prova do que diz? Não. Há qualquer facto novo que o sustente? Não. Trata-se somente de uma conclusão, irresponsável e ao nível da conversa de café, da direcção editorial do principal jornal do país.
A sanha persecutória de alguma imprensa lisboeta contra Pinto da Costa e os adeptos do FC Porto consegue chegar a um nível inadmissível. Sem quaisquer argumentos racionais, movida apenas pela emoção clubista da segunda circular.