Noticiam os jornais que, em Madrid, na bonita praça de S Luis, foi finalmente desmontada uma imensa estátua de Francisco Franco. A direita espanhola dividiu-se. O catalão Piqué achou bem. O galego Mariano Rajov achou mal. Rajov não tem emenda: herdou o PP de Aznar e Fraga num estado paroxísitco: em vez de tentar perceber porque é que perdeu as eleições, chora a estátua equestre do caudillo.
A propósito: o caudillo e o seu bando de facínoras revoltosos mandaram executar, depois da guerra, mais gente do que a que morreu durante o conflito. A acusação era simples: rebelião! Está tudo dito. Já só resta uma estátua: Em Santander. vamos lá malta das Vascongadas: retirem-me esse monturo da vossa bela cidade!
Do El Pais de domingo: o "honrado" e "pobre" general Pinochet chegou a ter 125 contas em bancos, sob dezenas de pseudónimos. Quem o confirma é uma comissão do Senado norte americano e um juíz chileno. O general além de assassino era um gatuno. Sic transir gloria mundi.
A propósito de ditaduras e outras enfermidades da alma: acaba de sair em Espanha o notabilíssimo texto de Sebastian Haffner: "Alemania: Jekyll y Hide: 1939, el nazismo visto de dentro": o que era o Reich, visto por um alemão ariano que percebeu a tempo que a coisa não estava boa para as pessoas decentes.
PS: quarta feira, 23 de Março, começa no canal ARTE uma série documental sobre a resistência entre 39 e 45. só para quem tem tv cabo e power box....
20 março 2005
os ditadores tambem se abatem
Marcadores: mcr
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