19 maio 2005

Cultura, Juventude e Queima das FItas

Durante a Queima das Fitas do Porto, assisti ao Concerto Promenade no Rivoli e ao Sarau Cultural no Terço. Ambas as plateias estavam às moscas.
O programa do Concerto talvez não fosse o mais adequado, porque era exigente. No entanto, a Orquestra e o Maestro merecem aplauso.
O Sarau Cultural foi simplesmente brilhante. Saliento o Grupo de Fados do Orfeão, o Grupo de Dançares dos Açores, o Grupo de Fados da Faculdade de Medicina do Porto (actuação perfeita, com uma qualidade que não ouvia há muitos anos), Grupo de Pauliteiros de Miranda do Orfeão, Tuna Feminina do ICBAS e Gristo Académico (grupo que apresentou um programa verdadeiramente inovador e lindíssimo). A entrada era livre e a sala ficou vazia ...

2 comentários:

jcp (José Carlos Pereira) disse...

É a vida...Como já aqui escrevi, a essa hora os estudantes preferiam estar a preparar-se para "emborcar" todo o álcool do mundo nas noites da Queima.

Primo de Amarante disse...

Tenho duas filhas que já se formaram. Expliquei-lhes por que não alinhava nesse foclore, revelando-lhes que, quando estudava, participei no boicote às queimas, por considerar que os estudantes são trabalhadores intelectuais e não parasitas, que a sua formação custa muito dinheiro aos contribuintes, que a queima perdeu a sua tradição de integrar estudantes que vinham de muito longe e só serve para o "armanço"; e esse "armanço", muito regado, muito grosseiro e muito malcriado, acaba por criar a ideia de que o doutor é uma espécie que pode viver à custa do povo. Mesmo assim lá fizeram a queima, perante a minha tristeza. Mas hoje já me dão alguma razão.