01 maio 2005

EM DIA DAS MÃES

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MÃE

Se a manhã é fresca
mãe
és a manhã.

Não sei se manhã abortando o sol
não sei se manhã de nuvens choronas...
és a manhã.

Do sol dos teus olhos
da chuva das tuas lágrimas.

Não sei se manhã silenciosa
com toutinegras namorando
não sei se manhã de marimba
de batuque e de nhambaro...
és a manhã.

Viriam depois os teus beijos
cortar o sussurro do vento que sopra
já do horizonte desflorado,
viriam os salmos
que o parto te inspirou,
viriam os sorrisos
involuntários
imagens do luar
descuidadamente derramado
mãe.

Se a manhã é fresca
és a manhã.

Hélder Muteia (Moçambique, n. 1960)

2 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

Olá Amélia, já tinha andado no seu blog e volto para agradecer o magnífico poema. lindissima incursão. bjo.

Silvia Chueire disse...

Lindo poema, Amélia. Obrigada.

Beijos,

Silvia