01 maio 2005

Mãe

escrevo-te mãe
pequena lágrima sal
de menino em malanje onde
era livre nas ruas
de terra o mel das nêsperas
ficas também nos meus
olhos no peitoril da janela as rosas
de toucar chamavas
e abraçado às pernas nuas
do monangamba corria
ao sabor do dendên o teu
doce perfil recortado na cal
do ar ó mãe
malanje fica tão longe e
eu nunca disse
adeus

3 comentários:

Primo de Amarante disse...

Não é bem saudade, o teu poema.
O teu poema é uma lágrima filial perdida no melhor tempo- o tempo da inocência. E isso é a ternura do verdadeiramene humano.
Ainda não mandei o livro à Amélia. Só lá para quarta-feira. Seria interessante a tua dedicatória.
Um abraço

Amélia disse...

Aguardo- o livro e a poss+ivelk dedicatória.Beijos

Silvia Chueire disse...

Um poema de ternuras. Belo poema...

Abraços,

Silvia Chueire