Nos meus tempos de estudante universitário, no Porto, não fui um entusiasta das praxes e das tradições académicas – não usei traje, não tive fitas, não benzi a pasta, não frequentei bailes de gala. Contudo, vivi esses tempos com grande entusiasmo e paixão, o suficiente para, ainda hoje, guardar as melhores recordações desse período. Foram dos melhores anos da minha vida.
No entanto, quando vejo hoje as hordas ululantes a cantar pelas ruas, madrugada fora, recorrendo aos palavrões por tudo e por nada, afogados em cerveja até aos ossos, com comportamentos manifestamente infantis, custa-me compreender tanta excitação e tanto alarido em tempo de Queima das Fitas. Acima de tudo, custa-me ver a falta de respeito para com os outros e até para com eles próprios. Por que será que isto acontece?
05 maio 2005
Queima das Fitas, Porto – 2005
Postado por jcp (José Carlos Pereira)
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1 comentário:
Já houve quem respondesse de forma simplista (num primeiro momento), dizendo que esta é uma geração "rasca". Mas então o que serão os pais da dita geração?
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