Não há ironia que nos proteja
do olhar súbito da paixão.
Não há descrença ou história
que resista à alegria
do coração rápido.
Escondemo-nos nas coisas,
como se nada disso importasse.
Como se o tempo anulasse o homem.
Tudo é disfarce
sob o manto do discurso cínico,
indiferente,
ou irônico.
Como se não estivesse dentro de nós
o magma que justifica ser quem somos.
Como se nossa mão não tremesse,
ou o desejo não nos invadisse.
Tudo puro disfarce.
Silvia Chueire
08 junho 2005
Disfarce
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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3 comentários:
...coração rápido...
isto é uma imagem poética a sério!
mcr
Sim, MCR, mas todo o resto do poema.Um beijo, Sílvia.Já agora, também para o MCR.
MCR,
Obrigada. Muito.
Amélia,
São os seus olhos amigos. : )
Beijo para vc também e para o MCR, claro.
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