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Tino de Oeiras: "estranha coincidência"
Tino de Oeiras, também conhecido por Isaltino Morais, ex-ministro das Cidades e do Ambiente do governo de Durão Barroso, foi ontem constituído arguido, por indícios da prática de crimes de branqueamento de capitais, participação económica em negócio e corrupção passiva.
IsalTino achou estranha a coincidência de ter sido constituído arguido na véspera da inauguração da sua sede de candidatura como independente à Câmara de Oeiras.
Não sei se há ou não coincidência. O que sei é que IsalTino começou a ser investigado há cinco anos, por causa do dinheiro na Suiça em nome do sobrinho taxista.
É claro que qualquer um pode ser arguido. Basta que um anormal qualquer ou um anónimo participe de alguém. No caso de IsalTino, é de crer que não se tratou de um caso tão simples: se houve 5 anos de investigação e só agora foi constituído arguido, é porque existem indícios minimamente razoáveis, sem perder de vista que indícios são indícios e não perturbam a presunção de inocência.
Ora, parece-me escusado que IsalTino venha trazer tais argumentos liça: os crimes de que está indiciado terão sido praticados no exercício da sua função de autarca e na autarquia a que se candidata. O normal seria que a lei impedisse que fosse candidato. Mas somos uma país de brandos costumes...
Velino do Marco: confidências
Foi a primeira vez, nos últimos 3 anos, que vi (e ouvi) de princípio a fim uma entrevista de Velino, também conhecido por Ferreira Torres, na televisão. Foi no Jornal da Noite da SIC. Bem. Uma entrevista não será propriamente o termo. Numa entrevista, o jornalista pergunta e o entrevistado responde. FT não chegou a responder. Tratou-se, pois, de uma "não-entrevista". Uma perda de tempo para todos, até para o próprio, que desperdiçou uma oportunidade de ouro de esclarecer as suspeitas que sobre ele recaem.
"Sou uma pessoa que não se trapalha com facilidade", respondeu quando o jornalista lhe perguntou se a investigação da PJ poderia atrapalhar a sua candidatura a Amarante. Daí atalhou para dizer que "é tudo mentira" e que está "a ser linchado na praça pública". Reclamou, ainda, que a Procuradoria-Geral da República, a Direcção Nacional da PJ e o Ministro da Justiça devem investigar de onde vêm as fugas de informação.
Sobre as fontes do JN para a elaboração das notícias que têm vindo a público, diz que "estão inquinadas" como uma fonte de Felgueiras, que tinha servido de tema a uma reportagem que passou no mesmo noticiário. Para partir ao ataque à jornalista Tânia Laranjo, autora das reportagens, dizendo que o seu comportamento era devido ao facto de ter um processo contra ela por difamação.
Depois veio a tese da conspiração: "O homem forte do PS pediu há pouco tempo a todos que se unissem em torno do candidato socialista a Amarante contra mim". Falou da existência de um "polvo", recuperou a ideia de que deviam investigar "um roubo de 8 milhões de contos" que foi feito na massa falida da antiga empresa Tabopan. E prosseguiu: "Há uma cabala contra mim por parte do PS, liderada pelo Francisco Assis. Ele é um homem de tachos. Eu não dou tachos...". Não se percebeu.
A tentativa de ironia veio a seguir. Quando questionado sobre de onde vem o dinheiro para a impactante campanha que tem feito em Amarante, respondeu que foi do assalto que fez ao Banco de Portugal, em 1972, "com um não sei quê Inácio...".
Tino de Oeiras, também conhecido por Isaltino Morais, ex-ministro das Cidades e do Ambiente do governo de Durão Barroso, foi ontem constituído arguido, por indícios da prática de crimes de branqueamento de capitais, participação económica em negócio e corrupção passiva.
IsalTino achou estranha a coincidência de ter sido constituído arguido na véspera da inauguração da sua sede de candidatura como independente à Câmara de Oeiras.
Não sei se há ou não coincidência. O que sei é que IsalTino começou a ser investigado há cinco anos, por causa do dinheiro na Suiça em nome do sobrinho taxista.
É claro que qualquer um pode ser arguido. Basta que um anormal qualquer ou um anónimo participe de alguém. No caso de IsalTino, é de crer que não se tratou de um caso tão simples: se houve 5 anos de investigação e só agora foi constituído arguido, é porque existem indícios minimamente razoáveis, sem perder de vista que indícios são indícios e não perturbam a presunção de inocência.
Ora, parece-me escusado que IsalTino venha trazer tais argumentos liça: os crimes de que está indiciado terão sido praticados no exercício da sua função de autarca e na autarquia a que se candidata. O normal seria que a lei impedisse que fosse candidato. Mas somos uma país de brandos costumes...
Velino do Marco: confidências
Foi a primeira vez, nos últimos 3 anos, que vi (e ouvi) de princípio a fim uma entrevista de Velino, também conhecido por Ferreira Torres, na televisão. Foi no Jornal da Noite da SIC. Bem. Uma entrevista não será propriamente o termo. Numa entrevista, o jornalista pergunta e o entrevistado responde. FT não chegou a responder. Tratou-se, pois, de uma "não-entrevista". Uma perda de tempo para todos, até para o próprio, que desperdiçou uma oportunidade de ouro de esclarecer as suspeitas que sobre ele recaem.
"Sou uma pessoa que não se trapalha com facilidade", respondeu quando o jornalista lhe perguntou se a investigação da PJ poderia atrapalhar a sua candidatura a Amarante. Daí atalhou para dizer que "é tudo mentira" e que está "a ser linchado na praça pública". Reclamou, ainda, que a Procuradoria-Geral da República, a Direcção Nacional da PJ e o Ministro da Justiça devem investigar de onde vêm as fugas de informação.
Sobre as fontes do JN para a elaboração das notícias que têm vindo a público, diz que "estão inquinadas" como uma fonte de Felgueiras, que tinha servido de tema a uma reportagem que passou no mesmo noticiário. Para partir ao ataque à jornalista Tânia Laranjo, autora das reportagens, dizendo que o seu comportamento era devido ao facto de ter um processo contra ela por difamação.
Depois veio a tese da conspiração: "O homem forte do PS pediu há pouco tempo a todos que se unissem em torno do candidato socialista a Amarante contra mim". Falou da existência de um "polvo", recuperou a ideia de que deviam investigar "um roubo de 8 milhões de contos" que foi feito na massa falida da antiga empresa Tabopan. E prosseguiu: "Há uma cabala contra mim por parte do PS, liderada pelo Francisco Assis. Ele é um homem de tachos. Eu não dou tachos...". Não se percebeu.
A tentativa de ironia veio a seguir. Quando questionado sobre de onde vem o dinheiro para a impactante campanha que tem feito em Amarante, respondeu que foi do assalto que fez ao Banco de Portugal, em 1972, "com um não sei quê Inácio...".
Afirmou, ainda que o jantar há dias atrás, em Amarante, em que reuniu alguns milhares de apoiantes foi pago pelas pessoas que lá estiveram. Que se limitou a pagar o dele.
Confrontado com os montantes que alegadamente estão em causa na investigação, disse que a história lhe dá "vontade de rir". Que desconhece em absoluto o esquema do circuito dos dinheiros. Mas tem "a certeza de que é tudo mentira".
Esclarecidos? Eu não. Rodrigo Guedes de Carvalho também não ficou e foi evidente que não ficou. Afinal, nada tinha sido esclarecido...
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Confrontado com os montantes que alegadamente estão em causa na investigação, disse que a história lhe dá "vontade de rir". Que desconhece em absoluto o esquema do circuito dos dinheiros. Mas tem "a certeza de que é tudo mentira".
Esclarecidos? Eu não. Rodrigo Guedes de Carvalho também não ficou e foi evidente que não ficou. Afinal, nada tinha sido esclarecido...
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"Meras coincidências": garantem fontes seguras e não "inquinadas"
Correio da Manhã online - 1.07.2005
Correio da Manhã online - 1.07.2005
PJ investiga assalto a banco
A dependência da Caixa de Crédito Agrícola em Águas de Moura, Palmela, foi assaltada à mão armada, ontem de manhã, informou fonte da GNR.
Assalto à mão armada
Dois homens armados entraram ontem, às 20h20, num posto de abastecimento perto de Viana do Castelo e fugiram, minutos depois, com cerca de cinco mil euros roubados.
Excerto da entrevista de AFT ontem ao Jornal da Noite da SIC:
A tentativa de ironia veio a seguir. Quando questionado sobre de onde vem o dinheiro para a impactante campanha que tem feito em Amarante, respondeu que foi do assalto que fez ao Banco de Portugal, em 1972, "com um não sei quê Inácio...".
9 comentários:
Há vinte anos que o "tom" do Avelino é o mesmo. Quem não se lembra das suas declarações a propósito do assassinato do irmão?!... Um jornal há anos tinha na primeira página "O papa processos", referindo-se a Avelino. Muitos processos em que foi condenado arrastam-se nos Tribunais. Naturalmente, haverá justificação para que assim aconteça. O que me aflige é que alguns dos arguidos que no Marco estão a responder por difamação agravada da honra do Avelino(depois de tudo o que é conhecido sobre o ele)tenham de provar que Avelino "não é virgem"!!!
E está a ser dificil!!!!!!
e se as testemunhas do Avelino fizerem fé, ele é mesmo "virgem" e fica provado que há uma campanha contra a honra da criatura.
As presenças de Ferreira Torres nos jornais televisivos acabam sempre da mesma forma: desrespeitosas, insultuosas e acusadoras, mas cheias de evasivas e sem quaisquer respostas ao que verdadeiramente interessa.
O que FT pretende é dar o seu "show" e ter tempo de antena privilegiado. Não entendem isso as redacções, que caiem sempre no mesmo logro?
Não há dúvidas que a regionalização está a dar os seus primeiros passos: Tino sul / Lino norte. Que fazer ao LIno de Rãs que já faz estágio entre as celebridades?!.. Uma sugestão, por favor!
Sobre Faty, perguntem ao Lopes.
De Rans, não de Rãs, compadre esteves. Quer-se dizer, andou o Tino, não tão célebre como agora, a lutar pela mudança de nome da sua terra, para que o compadre venha agora repôr o batráquio.
Faty de Felgueiras? Bem visto. Desde, claro, que seja com Y, que é coisa muito mais telenovelesca...
Ah. Ainda sobre o Tino (o de Oeiras): tanto quanto sei, o inquérito começou na comarca respectiva, nas mãos de uma magistrado MP que arquivou o processo e - coisas do destino, claro - acabou num qualquer departamento ligado ao Ministério do Tino. Só depois é que, por força da intervenção hierárquica, passou para o DCIAP. Pelo menso é o que dizem os jornais, esses pântanos de mentiras diárias...
Obrigado por ter reposto a Rans no Tino. Quanto ao resto, ignorava. São dessas coisas que dão o falatório que vai roendo a credibilidade das instituições. Também não percebo, por que os recursos que a serem confirmados davam a perda de mandato do FT não têm prioridade como tem a investigação do Isaltino. Estamos em vésperas de eleições e a impunidade de certos políticos está a ganhar terreno. Mas se a politica nao ganha dignidade pelo funcionamento oportuno das instituições, então é o descrédito total. Um FT ou um Isaltino ou um qualquer Valentim (todos com grande apoio popular, nas suas autarquias ou fora delas) ainda um dia destes candidatam-se a P.R. e ganham. Há muitos patos barvos que esperam por esta gente para investir em "negócio seguro".
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