"Notou o Fernando Pessoa, escrevendo acerca da «atribuição das preposições», que quanto ao verbo dever «há dele duas significações: a de obrigação, e a de probabilidade». E exemplifica que o «ele deve pagar a conta» tanto exprime que tem a obrigação de a pagar «ou provavelmente a pagará». Seguramente isso explica que tudo no Direito tenha a ver com o talvez seja. Ainda há ingénuos a filosofarem que nele se materializa, categórico, o reino do imperativo, quando, afinal, apenas mourejam, iludidos, os servidores da eventualidade."
Surripiado daqui.
19 julho 2005
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1 comentário:
Apesar da eventualidade do Direito, como bem diz, e lucidamente, José António Barreiros, o actual PGR diz que é Magistrado e não político. Se assim é, por que é que "abafa" os crimes públicos dos Inspectores do Ministério Público quando juntam documentos truncados e falsos a processos "kafkianos" que têm homologação do Conselho S.M.P a que preside? Só é Magistrado quando põe a "mula" da justiça da PGR aos coices contra culpados, inocentes e tudo o que apanha pela frente? Quando é para defender a sua "casa" - e os seus Inspectores e acólitos fiéis e reverentes - já é político "refinado"!!!DEMITAM-NO em nome do POVO!!!
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