25 julho 2005

Trinta anos de silêncio

"Ministério da Educação mandou destruir livros de "índole fascista" em 1974

A seguir ao 25 de Abril, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) ordenou a "destruição" de livros que fizessem lembrar o regime fascista. Trinta anos depois, o PÚBLICO reconstitui um dos "autos de destruição", em que se queimaram 51 livros e se arrancaram folhas a outros 41. Alguns professores fizeram os autos mas guardaram os livros, que têm vindo a entregar. Ministros e secretários de Estado da época do despacho e dos autos-de-fé dizem que não sabiam de nada.

Investigação de Adelino Gomes in Público, 25/7

Parabéns a Adelino Gomes por (mais) este trabalho!

4 comentários:

M.C.R. disse...

"Homero por vezes dormita" diziam os gregos para referir uma burrice praticada por alguém de quem tal não se esperaria.
A "queima" ordenada por Rui Grácio (nem quero acreditar que tenhasido ele...) é uma estupidez, está mal fundamentada (se aacaso a fogueirinha pode ser justificada) e enche de vergonha a esquerda.
Aliás, penso que também se destruiram as publicações da Agencia Geral do Ultramar nomeadamente os exemplares sobrantes da revista onde havia estudos de altíssimo nível.
O pensamento mesmo de direita e reaccionário, fascista inclusive, não se combate a queimar mas a pensar. O resto é mera balivérnia.

Amélia disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Amélia disse...

Na escola onde eu estava não destruímos nenhum livro.E éramos então das raias da esquerda à esquerda do PCP...Mas éramos gente que amava os livros e por isso irá um dia,oxalá que tarde, para o paraíso que houver (logo eu que não acredito em paraísos post-mortem...:)

25/7/05

José António Barreiros disse...

Se não parecer vaidade!:
http://ajaneladoocaso.blogspot.com/2005/07/nova-censura.html