Hoje jantei com o JCP deste blogue e de outras aventuras, que, vindo de férias, estava razoavelmente fora do mundo e que, neste momento, está mais vocacionado para o seu encargo autárquico no Marco. Claro que tive de lhe chamar preguiçoso por fazer a vida dele tão estanque que não lhe permite conjugar as férias com os deveres de bloguista e de outras coisas. Imagine-se que o tipo nem um computador tem em casa! Acho que ele me ouviu e vai resolver essa coisa...
Também estive a queixar-me. Contei-lhe o quanto é difícil esta empreitada de dar corpo a um blogue, sozinho, virado para questões locais, correndo o risco de ser mal entendido, de ser insultado, caluniado. E também lhe contei o quanto é difícil não defraudar as pessoas - como uma leitora que ainda hoje me escreveu a dizer que a primeira e a última coisa que faz todos os dias é ir ver o Marco2005 - que esperam ler o blogue todos os dias actualizado. Não é fácil. Mas é um compromisso.
O que me levou a estabelecer-me por conta própria? A consciência de que não podia fazer no Inc. o que faço no Marco2005. Por todas as razões. O Inc. é um projecto nacional. O Marco2005 é um jornal local. Mas há mais: num blogue essencialmente de magistrados, eu não tinha o direito de escrever aqui sobre o lado criminoso de algumas pessoas. Tive, aliás, o cuidado de dizer isso mesmo a LC muito tempo antes de criar o Marco 2005.
Creio, contudo, que houve deserções que não tiveram nada a ver com as razões que propiciaram a minha. Embora não tivesse uma linha de rumo definida, sempre a meio caminho entre o blogue especializado e o blogue generalista, o Inc. tinha um espaço próprio. Porventura, seria mesmo a sua orientação mesclada que fazia dele um produto interessante. Por isso, talvez não houvesse razões para que os colaboradores de cá fossem criando espaços de discussão que, no fim de contas, também acabam por não ser muito diferentes do que era o Inc. quando todos por aqui andavam.
O "desabafo" tem razão de ser, obviamente. Mas quem aguentou "isto" na fase mais difícil, também aguenta agora. Pela minha parte, tentarei, sempre que possível, dar o meu contributo. E, além do mais, há um ano atrás as coisas não eram muito diferentes por esta altura.
Por isso, minha cara Kamikaze, há que aguentar as correntes adversas.
14 agosto 2005
Respondendo a um "desabafo"
Postado por o sibilo da serpente
Marcadores: carteiro (Coutinho Ribeiro)
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1 comentário:
E que tal um regresso à pureza original? Eu sei que há por aqui quem não me tolere - paciência, eu aguento isso, e também não tolero e até acho piada, e nem sequer fico triste, porque acho o que acho e acho que tenho razão -, mas isto é um blogue. Um espaço de liberdade. Onde todos são iguais - mesmo quando eu me retiro para a insignificância... E, meu caro LC, Vexa sabe que eu não sou dado a ir para além do meu trajecto, e incapaz de me pôr em bicos de pés, e tenho a noção do que posso e não posso. Sobretudo, tenho a noção do que devo e não devo.Eu sei que sabe... Um abraço.
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