Em 2001, quando apresentou os seus candidatos num comício junto à Câmara do Marco, AFT tratou mal os seus adversários, especialmente a mim. Tentou visar-me na minha vida privada. Em nome da minha filha - então com 10 anos e que ouviu as palavras do senhor - , dias depois comentei as acusações em O Comércio do Porto. O senhor sentiu-se ofendido - não imagino por quê - e apresentou queixa-crime contra mim por difamação através da imprensa. O MP decidiu avançar com um processo sumaríssimo e propor uma sanção. O juiz entendeu não aceitar a posição do Ministério Público, sustentando que não havia crime e, nos termos da lei, remeteu o assunto para processo comum.
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Agora, um outro juiz decidiu receber a acusação marcar julgamento. É em Novembro. Quatro anos depois. É a vida... Realmente AFT tem razões para se queixar de que a justiça é lenta...
24 agosto 2005
Resquícios de um combate
Postado por o sibilo da serpente
Marcadores: carteiro (Coutinho Ribeiro)
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5 comentários:
A Justiça encerra em si um vasto leque de adjectivos, nomeadamente o "lenta", sendo que parte significativa dos mesmos é apresentada como verdadeiros dogmas. A lentidão da Justiça é algo terrível que só os ofendidos normalmente sentem.
Para além de ser lenta, diz-se também que a Justiça é cega. Daí talvez o provérbio "Em terra de cegos, quem tem um olhe é rei!".
Ora, sendo cega, como é que na mente de tantos "aplicadores da Lei" não existem quaisquer dúvidas?
Regressando à Terra: Caro Carteiro, claro que não lhe servirá de conforto aquilo que escrevi, mas compreendo perfeitamente a necessidade e o teor do seu desabafo.
Só mais uma coisa, chamemos-lhe antes um voto: Que os "aplicadores da Lei" tenham mais consideração e respeito pelos intervenientes processuais e, acima de tudo, por aqueles que sofrem e carecem de uma rápida decisão da Justiça.
Um bom dia.
Sei bem do que falas, caro amigo. Aquela campanha conheceu de tudo um pouco. E a cena na noite das eleições?
A justiça há-de ser feita, não?
Caro Carteiro, não sei o que se passou, mas, conhecendo-te, certamente que não houve crime nenhum.
Não podemos é esquecer que, no noso sistema legal, dizer a verdade pode ser criminoso!!!
E emitir opinião, também!!!
Em tempos chocou-me ler numa revista da especialidade que Portugal tinha sido condenado no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, porque o STJ tinha punido um cidadão por delito de opinião! Se bem me recordo (e não estou certo disso, tratava.se de um dirigente desportivo que havia sido punido por um artigo de opinião publicado na Imprensa.
Obrigado pela solidariedade. Eu também costumo ser...
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