20 setembro 2005

A luta das corporações - um caso exemplar

Não tenho a capacidade de fazer julgamentos preclaros e definitivos sobre a acção do Governo de José Sócrates, e particularmente sobre a sua atitude perante determinadas corporações, tal como o fazem Vasco Pulido Valente, João Baptista Magalhães e Manuel António Pina em crónicas citadas neste blogue. Talvez porque não pertenço a nenhuma dessas corporações.
O que sei é que notícias como a do "Público" de hoje, intitulada "Recurso de Ferreira Torres muda de mãos após 16 meses", parcialmente transcrita num comentário anterior, contribuem mais para o descrédito das instituições e do país do que o corte de alguns direitos e regalias a interesses (bem) instalados.
Não sou apologista de confundir a política com a justiça, mas na qualidade de ex-autarca e candidato às próximas eleições em Marco de Canaveses, sinto-me profundamente revoltado com este "arrastar" de um processo que poderia ter conduzido a uma condenação exemplar.

2 comentários:

o sibilo da serpente disse...

Os esqueletos no armário não devem incomodá-lo nada. E, além disso, eu estou cada vez mais tentado a pensar que ele é, de facto, o homem mais poderoso deste país. Os recursos andarão, por aí, de mão em mão, parados, até que chegue a prescrição. Será por acaso que ele desafia a justiça como ninguém? Ou que diz que as prisões não são para ele? Ou que os seus recurso talvez estejam resolvidos daqui a 10 anos?

Primo de Amarante disse...

Caro José Carlos "não tenho a capacidade de fazer julgamentos preclaros e definitivos", mas só de não ter um pensamento submisso inclusivamente à acção do Governo de José Sócrates. O livre pensamento é para mim a condição necessária ao direito a ser eu próprio no mundo.